Os trabalhadores técnico-administrativos e docentes da UFMT confirmaram que vão acionar a Agência Nacional de Saúde (ANS) para se posicionar frente ao reajuste de 50% apresentado pela Unimed. Em assembleia geral convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf-MT) e pela  Seção Sindical dos Docentes (Adufmat), foi deliberado que um novo ofício será encaminhado a gestora dos planos de saúde cobrando mais informações sobre os contratos e deixando claro que além da consulta à ANS, as entidades estão dispostas a “judicializar” a questão.
 
No entendimento dos trabalhadores, o reajuste proposto inicialmente pela Unimed é abusivo, já que é praticado duas vezes ao ano, resultando na prática em aumentos superiores ao apresentado. “Nós informamos oficialmente a Unimed sobre nossa posição contrária ao reajuste de 50% proposto, sendo que logo em seguida foi apresentada uma nova proposta reduzindo este reajuste para 16%. A Unimed chegou a divulgar que havíamos entrada em acordo, o que não é verdade. Não aceitamos nada além do que a ANS determinou aos planos individuais, 9,04%, índice que já está acima da inflação e superior ao reajuste do trabalhador”, pontuou Leia de Souza Oliveira.
 
No documento a ser enviado para ANS, será elencado o histórico da relação dos contratos da UFMT com a Unimed, desde a assinatura do 1º contrato, demonstrando como o plano foi modificado para retirar benefícios ao usuário. Para exemplificar a questão, cópias de outros Plano Coletivos do mesmo período que continuam com a totalidade de procedimentos serão enviados. Outro ponto a ser abordado é valor de taxa administrativa da Unimed, que segundo a empresa, seria de aproximadamente 15%.
 
“Solicitamos um detalhamento de todos os balancetes referentes ao nosso contrato, referentes a empresa como um todo. Vamos acionar os professores da contabilidade para nos auxiliar nesta análise e identificar se esta taxa administrativa está correta, se a coparticipação está calculada de forma adequada. Não podemos aceitar reajustes deste tamanho enquanto a empresa possui lucros gigantescos e patrocina a anos clubes de futebol em detrimento de sua atividade fim, a vida”, ressaltou o presidente da Adufmat, Carlos Roberto Sanches.
 
Além das ações frente à ANS, a própria Unimed, e se for o caso, o Poder Judiciário, um boletim informativo será enviado por mala direta para explicar aos usuários da Unimed na UFMT os detalhes do reajuste pretendido e a posição da Assembleia Geral.
 
A assembleia geral conjunta foi realizada no auditório da Adufmat nesta terça-feira (12.02).