^{aNo setor privado foram comunicados até agora à Prefeitura Municipal de Tangará da Serra prejuízos que somam 3 milhões, 694 mil, 559 reais. Só da Rede Cemat foram R$ 275 mil, 570 reais e 70 centavos e em uma empresa de materiais para construção o prejuízo chegou a R$ 500 mil reais.}

^{No setor público o prejuízo maior foi registrado na saúde, com 3 milhões, 100 mil, 789 reais e 17 centavos, com destruição parcial de prédios, parte elétrica, medicamentos, materiais permanentes, materiais de consumo, materiais preventivos e outros. Na Educação foram 720 mil, 129 reais e 06 centavos com destruição parcial em escolas. Da Sinfra, incluindo o prejuízo registrado na Rodoviária local, a soma chega a 902 mil, 848 reais e 68 centavos.}

Foram registrados danos ainda na Secretaria de Assistência social (mais de 100 mil reais), no Campus Experimental da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, no Estádio Mané Garricha, na Casa da Criança e Adolescente, na Unemat (R$ 312 mil reais), no SAMAE, no Almoxarifado, na SEMEA, entre outros.

“A cidade entrou em caos devido à força da natureza. Nunca houve uma ocorrência desta magnitude relatada aqui em Tangará. Foi uma grande ação de todos os entes do poder público para oferecer ajuda”, explicou Ander Santos, Secretário Interino de Agricultura em Tangará da Serra.

Em entrevista à Rádio Pioneira ele lembrou que pela interrupção no fornecimento de energia elétrica e comunicação, muitas pessoas ficaram sem saber a quem recorrer logo após o temporal. Segundo ele, foram mobilizadas todas as equipes da Sinfra, Secretaria Municipal de Assistência Social, SAMAE e outras da estrutura do município para oferecer ajuda pontual aos necessitados.

Já no dia seguinte ao temporal, 38 equipes da Rede Cemat foram encaminhadas para restabelecer os serviços em Tangará da Serra e as ações foram intensificadas pela Prefeitura no sentido de levantar o montante dos prejuízos. “Nossa equipe foi a campo junto com a equipe da SEPLAN, da Assistência Social e da Sinfra, para levantar os danos. No patrimônio público foram levantados danos de 5 milhões e 500 mil reais. Foi algo mais do que estimávamos a princípio, mas é um número que enquadra o município para receber repasses do Governo Federal para restabelecer estes serviços”, explica Ander.

^{Para ter homologação do Decreto de Situação de Emergência e haver o repasse da Defesa Civil da União para o município, seria necessário que os danos alcançassem o valor de 2.7 % do orçamento da Prefeitura. “Este número foi ultrapassado. No setor privado os prejuízos chegam à casa de R$ 3 milhões e 700 mil reais e este número aumenta na medida em que os empresários e cidadãos nos procuram e repassam os danos”, explica Ander.}

O decreto de Situação de Emergência também garante acesso aos seguros para o setor privado e possibilita angariar fundos para reconstrução do que foi danificado a médio e longo prazo.

^{No setor público, a prioridade maior é a da saúde, que somou danos superiores a R$ 3 milhões de reais, depois a educação e a infraestrutura.}

 ^{Prevenção – O Secretário destacou a importância de se adotar medidas preventivas. “Não é possível prever uma situação como esta. Precisamos ter uma resposta rápida quando acontecer e diminuir a ação das intempéries. Tangará não sofria isto e hoje sofre. É uma questão climática e de modificação do Bioma da região. Isto começa a ser corriqueiro. Tivemos no ano passado, no início do ano e agora tivemos novamente. É questão de se pensar na questão de barreiras de ventos, já que Tangará está numa planície e é um corredor de vento. Pensemos que a velocidade dos ventos chegou a mais de 143,5 km por hora. Isto é como um carro em alta velocidade em uma rodovia”.}

^{Defesa Civil – A situação vivida por Tangará da Serra no último dia 15 de outubro deixou clara a importância e necessidade de implantação da Defesa Civil no município. “É importante dizer que a Defesa Civil em Tangará da Serra foi criada no início deste ano e agora com o incremento do cargo de Coordenador de Defesa Civil. Isto é de suma importância porque o órgão é ligado à Defesa Civil do Estado e à Secretaria Nacional. Dois servidores do município tem acesso ao sistema e há também o ‘cartão de desastres’ que é por onde vem o repasse do Governo federal nas ocorrências de grande magnitude”, explica Ander Santos.}

^{Segundo ele, funcionários da Secretaria Municipal de Meio Ambiente já passaram por um treinamento. Também já foi realizada 1ª conferência de Defesa Civil no município e houve participação na Conferência Estadual. “Agora em novembro, no período de 4 a 7, estaremos em Brasília criando de fato esta coordenadoria, remunerando-a. Queremos ter um coordenador que irá gerenciar todas as ações, inclusive contra pânico e outras ações”, disse.}

^{Ander lembra que os Bombeiros são os primeiros parceiros da Defesa Civil, mas que a coordenadoria é necessária para levantar dados, fazendo um diagnóstico e gerando informações para alavancar recursos visando à reconstrução ou restabelecimento dos serviços públicos. “A defesa Civil é muito ampla. Tem várias ações. O 1º passo é termos o coordenador de fato, remunerado, e crescer este corpo também. Não podemos com uma cidade deste porte, ficar na dependência do estado nessas situações”.}

^{Emergência – Quando há o reconhecimento da situação de emergência, é possível agilizar a aquisição de produtos e serviços por parte do Poder Público e buscar o ressarcimento de prejuízos no caso da iniciativa privada junto às seguradoras ou mesmo conseguir linhas especiais de financiamento. “O município deseja hoje ter um repasse do Governo Federal de maneira que sejam restabelecidos todos os serviços atingidos. Os mais atingidos foram saúde e educação”, finaliza Ander Santos.}