STF mantém prisão de produtor que matou engenheira agrônoma em Sorriso - MT
Defesa alega excesso de prazo e requer liberdade imediata
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve no dia 15 deste mês a prisão preventiva do produtor rural Jackson Furlan, acusado de matar a engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza, de 28 anos, em novembro de 2019, em Sorriso (420 km de Cuiabá).
A decisão foi dada pelo ministro Ricardo Lewandowski. A defesa já ingressou com agravo regimental para que o pedido de habeas corpus seja julgado em colegiado. O julgamento será feito pela Segunda Turma composta ainda pelos ministros Kássio Nunes Marques, Gilmar Mendes, Edson Fachin e o recém-empossado André Mendonça.
A defesa alega constrangimento ilegal por excesso de prazo. Por isso, requer a liberdade imediata, pois, transcorridos mais de dois anos, ainda não houve o julgamento por júri popular.
No entanto, o ministro Ricardo Lewandowski alegou que não havia configuração de flagrante ilegalidade para concessão do habeas corpus. Anteriormente, o pedido de liberdade foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O caso
A engenheira agrônoma Julia Barbosa de Souza estava em uma caminhonete, junto com o namorado, na noite de 9 de novembro de 2019.
Conforme a Polícia Civil, o casal teria sido perseguido depois de ultrapassar outra caminhonete. Quando foi ultrapassado, Jackson Furlan teria ficado irritado. Ele buzinou diversas vezes e queria que o casal parasse o veículo.
Eles foram perseguidos pelo motorista até que, em determinado momento, o suspeito sacou uma arma e disparou. O tiro atingiu a cabeça da vítima.
O namorado da jovem socorreu a vítima até um hospital e a polícia foi chamada. Ela não resistiu e morreu na unidade de saúde.
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