Silval sinaliza que PP pode ganhar cargo de 1º escalão
Silval sinaliza que PP pode ganhar cargo de 1º escalão
O governador Silval Barbosa (PMDB) não descartou entregar uma nova secretaria ao PP, após a direção do partido ter perdido os cargos que ocupava na Secretaria de Estado de Saúde.
Na tentativa de acalmar os ânimos da cúpula do partido e diminuir a pressão, o governador sinalizou que pode contemplar o PP com um cargo de primeiro escalão.
Silval afirmou que não pensa em mudanças no secretariado agora, e não deu qualquer indicação de qual pasta pode ser usada para contemplar a sigla, mas afirmou que nenhum secretário é insubstituível.
"Os deputados Antônio Azambuja e Ezequiel Fonseca sempre têm sido parceiros dos projetos do Governo e, lógico, todos os partidos da base de sustentação querem compor o governo. O PP é um partido de grandeza, e sempre tem a possibilidade de eles comporem o primeiro escalão. Nenhum secretário é imexível. Dependendo do momento, qualquer um pode sofrer demissão. Não cogito mudança nesse momento, mas ninguém é vitalício”, afirmou.
Os dois deputados que compõem a bancada do PP na Assembleia Legislativa, Antônio Azambuja e Ezequiel Fonseca, já abriram mão de comandar uma secretaria, e vêm cobrando cargos “com visibilidade” no segundo escalão do Governo.
Silval disse, porém, que não se sente pressionado pelo PP, que pediu um tempo ao partido e está discutindo a nova participação da sigla no staff.
“Se não for um espaço bom, não aceitaremos. Queremos, pelo menos, uma secretaria equivalente à Secretaria-adjunta Executiva da Saúde, que era comandada pelo Pelezinho [Edson Paulino de Oliveira, exonerado há cerca de 15 dias]. E tem que ser uma secretaria de visibilidade. Não queremos uma secretaria de araque, só para dizer que o PP tem secretário”, disse Azambuja ao MidiaNews, na semana passada.
Insatisfação
O deputado reclamou, ainda, que o PT tem apenas dois deputados estaduais (Ademir Brunetto e Alexandre César) e comanda uma das pastas mais importantes do governo, que é a Secretaria de Educação, enquanto o PP tem, além de dois deputados estaduais, um federal (Pedro Henry), e continua fora do Governo.
Apesar de o atual secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima, ser filiado ao PP e ter sido indicado pelo partido para o cargo em janeiro passado, a cúpula da sigla já “pediu a cabeça” do secretário e afirmou que Mauri não os representa.
Ao invés de demitir Mauri, Silval lhe deu carta branca para exonerar os indicados do PP e do ex-secretário Pedro Henry que ainda restavam na pasta, causando ainda mais insatisfação entre os parlamentares do partido.
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