NOTÍCIA | Greve geral

Servidores de Mato Grosso rejeitam proposta do governo e greve continua

A equipe econômica do Estado propôs pagar 6% da Revisão Geral Anual em três parcelas a partir de setembro para todos os funcionários

Por: ALEXANDRA LOPES - Diário de Cuiabá
Publicado em 03 de Junho de 2016 , 05h44 - Atualizado 03 de Junho de 2016 as 05h44


Após dois dias de estudos e reuniões em Brasília, o governo do Estado apresentou na tarde de ontem (2) ao Fórum Sindical uma nova proposta para o pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) em 6%, sendo que 2% seriam pagos em setembro, 2% em dezembro e os outros 2% em março do próximo ano.

O Fórum, que representa 32 categorias, classificou a proposta como “indecorosa” e informou que o movimento grevista continua em todo o Estado.

“Não era exatamente o que o Fórum Sindical esperava. Os servidores estão todos descontentes. É uma proposta até certo ponto indecorosa”, disse o representante do Fórum Sindical, James Jaudy.

O secretário-chefe da Casa Civil, Paulo Taques, destacou que Mato Grosso e Paraná são únicos estados da federação a negociar a RGA.

“Só Mato Grosso e o Paraná estão negociando a RGA. Os outros, nenhum pagará a RGA este ano. Nós fizemos essa proposta, e depois, se eles aceitarem, podemos até discutir outros acordos, mas neste momento a proposta é essa”, disse o secretário-chefe da Casa Civil, referindo-se aos 6% sugeridos pelo governo, durante o encontro na Seges. Na última segunda-feira, o governo propôs pagar 5% da RGA aos servidores, sendo que 2% seriam pagos agora em setembro e os outros 3% em janeiro, sem retroatividade, mas esta foi recusada, e em seguida o Fórum Sindical apresentou a contraproposta de pagamento integral da reposição inflacionária em 11,28%, parcelados ao longo do ano, mas retroativo a maio. Paulo Taques disse que o pagamento integral da RGA é “impraticável”, visto que os salários dos servidores poderiam atrasar. “É impraticável por um único motivo: se fizermos o pagamento da RGA cheio este ano, ainda que parcelado, os salários dos servidores públicos do estado de Mato Grosso estará em sério risco de não ser pago no dia e ser pago em maneira parcelada. O governador Pedro Taques está tomando a decisão de oferecer essa proposta de acordo para preservar o pagamento em dia dos salários do servidor”, disse Paulo Taques.

Sobre a continuidade da greve geral, o secretário-chefe da Casa Civil informou que medidas serão tomadas a partir de segunda-feira.

“A partir de segunda-feira, o governo vai se sentir no direto de exercer sua prerrogativa de questionar ou não as greves, mas isso é uma coisa que vai ser avaliada a partir da semana que vem. A partir da segunda-feira, em se persistindo a greve, nós vamos colocar na pauta de avaliação que medidas tomar e se tomaremos tais medidas ”, disse Paulo Taques. Participaram também da reunião de negociação os secretários de Fazenda, Paulo Brustolin; da Casa Civil, Paulo Taques; de Planejamento, José Bussiki; e de Gestão e Logística, Júlio Modesto.

O secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, participou na quarta-feira de uma sessão extraordinária do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), em Brasília. No Confaz foram debatidos temas sobre a situação dos estados no que diz respeito à dívida pública deles com a União. “A preocupação inicial é a crise fiscal, momento que o Brasil vive. A dívida dos estados foi um dos primeiros temas debatidos. Nesse cenário, o Ministério da Fazenda apresentou algumas condicionantes para que essa dívida pudesse ter carência ou algum tipo de alongamento, e dentro dessas condicionantes a principal seria que o Brasil poderia ter um período de congelamento de salários”, disse o Brustolin

Soluti - Exatas Contabilidade
Sicredi
Auto Posto Arinos LTDA
Exatas Contabilidade

JUARA MATO GROSSO



MAIS NOTÍCIAS


Interessado em receber notícias em seu e-mail?
Nós o notificaremos e prometeremos nunca enviar spam.


2002 - 2024 © showdenoticias.com.br