O secretário de Estado de Comunicação Kléber Lima acaba de ser afastado do cargo pela juíza da Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular, Célia Regina Vidotti, em uma ação sigilosa de improbidade administrativa, movida pelo promotor de justiça Mauro Zaque.

O processo trata sobre denúncias recebidas de jornalistas que são servidores públicos efetivos, lotados no Gabinete de Comunicação, que reclamaram ter sofrido assédio moral e até mesmo sexual por parte do secretário.

Conforme a denúncia, os servidores passaram a ser perseguidos pelo chefe após questionarem o uso da estrutura do Estado para promover a imagem do governador Pedro Taques (PSDB), com vistas à sua campanha à reeleição em 2018.

Kléber Lima teria também ameaçado usar a máquina do governo para grampear os servidores, que estariam vazando informações para jornalistas de veículos locais.

No caso do assédio sexual, uma servidora teria afirmado que Kléber teria lhe abordado com mensagens de cunho sexual e até mesmo tentado beijá-la sem seu consentimento.

À reportagem, Kléber Lima disse que quem irá falar por ele é o advogado Paulo Fabrinny, que por sua vez, confirmou a ação, mas disse que ainda não teve acesso ao decreto. Na decisão, Célia Vidotti teria proibido o governador de instaurar processos administrativos contra os servidores.

Ao Gazeta Digital, o Gabinete de Comunicação informou que Kléber Lima já foi notificado de seu afastamento das funções no Gcom e que, durante esse período, o secretário-adjunto de Comunicação Integrada, jornalista Marcy Monteiro, responderá interinamente pelo Gabinete de Comunicação.