Foi negado hoje (16) pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Rogério Schietti Cruz o pedido de liberdade da prisão do ex-presidente da Assembleia Legislativa José Geraldo Riva. O habeas corpus, impetrado pela defesa do ex-parlamentar, foi derrubado no STJ sob a justificativa que ele atrapalharia o trâmite processual. Riva, que já teve recursos negados no Tribunal de Justiça e no STJ, completa ao total seis meses preso no Centro de Custódia de Cuiabá detido pela Operação Célula Mãe.

O ex-presidente é acusado pela Justiça de integrar um esquema que desviou cerca de R$  1,7 milhões dos cofres da Assembleia com o pagamento fraudulento a empresas de “fachadas”, por meio de verba de suprimento. O ex-deputado, que no inicio das investigações das fraudes apuradas pelo Grupo de Atuação Especializado no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) já cumpriu quatro meses de cadeia preventivamente, soma outros dois meses. Ele foi detido pelos agentes no dia 13 de outubro, enquanto realizava compras em um estabelecimento na Capital.

Na primeira ocasião de sua prisão, a juiza que determinou o  seu encarceramento, Selma Roseane Arruda, da 7ª Vara Criminal, atribuiu a Riva o desvio de cerca de R$ 62 milhões dos cofres públicos. Ele teria fraudado compras na Casa de Leis em materiais de escritório, fato investigado também pelo Gaeco.

Nesse caso, segundo a Justiça, o ex-parlamentar realizava compras fictícias junto a algumas gráficas, mas o material nunca era entregue. Quatro meses depois de ser enquadrado por isso, Riva conseguiu a liberdade por meio de um recurso impetrado no Supremo Tribunal Federal. Uma semana depois de ter sido solto o ex-presidente teve a prisão novamente decretada.

Agora, Riva, assim como o ex-governador Silval Brabosa e os ex-secretários de Estado Pedro Nada e Marcel de Cursi, estão fechados no CCC aguardando a decisão da Justiça.