NOTÍCIA | Caso Riva

Riva: "Eu nunca estive em SP com o Eder para tratar desse assunto"

Ex-deputado José Riva negou versão dada por ex-secretário Eder Moraes durante CPI

Por: AIRTON MARQUES Mídia News
Publicado em 14 de Dezembro de 2015 , 12h31 - Atualizado 14 de Dezembro de 2015 as 12h31


O ex-deputado José Riva (sem partido) negou que tenha viajado para São Paulo, com o ex-secretário de Estado Eder Moraes, para negociarem a venda de cartas de crédito de membros do Ministério Público Estadual (MPE) para a Rede Cemat.

 

A suposta viagem foi anunciada por Eder, no dia 10 de novembro passado, durante depoimento a deputados estaduais na CPI das Obras da Copa. Foi após esta audiência que a Assembleia Legislativa resolveu abrir uma CPI para investigara a emissão e venda de cartas por parte de 47 promotores e procuradores de Justiça.

 

“Eu nunca estive em São Paulo, com o Eder Moraes, para tratar desse assunto. Não sei porque ele falou isso... Talvez ele possa ter se equivocado. Mas nunca tratei de negociação de cartas de crédito de promotores e Cemat. Nunca tratei”, afirmou o ex-deputado, na última sexta-feira (11), ao deixar uma audiência no Fórum de Cuiabá.

 

Eu nunca estive em São Paulo, com o Eder Moraes, para tratar desse assunto. Não sei porque ele falou isso

 

Eder Moraes, atualmente preso no Centro de Custódia de Cuiabá, disse em seu depoimento na CPI que o MPE emitiu, de forma irregular, as cartas de crédito aos seus membros.

 

Na ocasião, ele disse que o intermediador nas negociações com a Rede Cemat, em São Paulo, com a compensação dos créditos.

 

“Fui acompanhado do então deputado José Geraldo Riva e do Alex Ortolan, enquanto vivo, para negociar, em nome do MPE, a compensação dessas cartas. E foi determinado por eles para que não se negociassemos com menos de 90%. Na mesma compensação em que foram negociadas as cartas deles, foram negociadas compensações de 50% e 60%. Mas as cartas deles sofreram deságio de apenas 10%. A relação está aqui. Neste caso, eu me proponho ser o delator da CPI ou de qualquer ação judicial”, afirmou.

 

69 anos de prisão

 

No dia 15 de novembro passado, o  juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, condenou Eder Moraes a 69 anos e três meses de reclusão, em regime fechado, por lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e outras práticas delituosas, em esquemas relacionados à Operação Ararath.

 

O ex-secretário de Fazenda, Secopa e Casa Civil, nos governos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), também foi condenado a pagar uma indenização, pelos crimes descritos, no valor de R$ 1.335.500,00.

 

Além disso, Eder também terá que pagar, junto com o ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, indenização de mais R$ 12 milhões.

 

O valor é correspondente, segundo o juiz, ao valor total captado e intermediado nos esquemas de lavagem de dinheiro por meio de factorings de fachada e várias empresas.

 

O juiz Jeferson Schneider, da 5ª Vara da Justiça Federal em Mato Grosso, condenou o ex-secretário de Estado Eder Moraes a 69 anos e três meses de reclusão, em regime fechado, por lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e outras práticas delituosas, em esquemas relacionados à Operação Ararath. A sentença, de 233 páginas, foi proferida nesta sexta-feira (13).

 

O ex-secretário de Fazenda, Secopa e Casa Civil, nos governos de Blairo Maggi (PR) e Silval Barbosa (PMDB), também foi condenado a pagar uma indenização, pelos crimes descritos, no valor de R$ 1.335.500,00.

 

Além disso, Eder também terá que pagar, junto com o ex-superintendente do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol, indenização de mais R$ 12 milhões.

 

O valor é correspondente, segundo o juiz, ao valor total captado e intermediado nos esquemas de lavagem de dinheiro por meio de factorings de fachada e várias empresas.

 

Prado desmerece Eder

 

O procurador-geral de Justiça disse "estranhar" o fato de a CPI ter sido instalada após as declarações de Éder Moraes.

 

“A Assembleia Legislativa preferiu dar crédito às declarações de um condenado a 69 anos de prisão, que usa tornozeleira eletrônica, colocando em dúvida não só o Ministério Público, como também o trabalho das instituições que atestaram a legalidade das referidas cartas de crédito, como o Tribunal de Contas do Estado, MP de Contas, CNMP e o próprio procurador-geral de República", afirmou.

 

O chefe do MPE classificou a CPI como uma " tentativa de intimidação" e "represália à atuação autônoma e independente dos membros do MPE.

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