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Professores desafiam Justiça e mantêm greve em MT

Professores desafiam Justiça e mantêm greve em MT

Por: Midia News
Publicado em 12 de Setembro de 2013 , 12h10 - Atualizado 12 de Setembro de 2013 as 12h10


Os professores da rede estadual de Educação decidiram radicalizar e manter a paralisação das atividades, que na quinta-feira (12) completou um mês.

 

A categoria resolveu recorrer da decisão judicial que considerou a greve abusiva. A Justiça também determinou que os professores retornasse às salas de aula, num prazo de 72 horas. O prazo se encerra na sexta-feira (12).

 

“Mas, nós não vamos retornar, enquanto o Governo não cumprir com promessa de melhorar qualidade do trabalho dos profissionais da Educação”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes.

 

A ordem judicial também prevê uma multa de R$ 23.600,00, caso os professores não cumpram com a determinação.

 

“Companheiros, podem ficar tranquilos, pois o sindicato já foi multado tantas outras vezes e nós nunca pagamos um centavo”, disse Lopes, durante manifestação dos professores, durante toda a tarde de quarta-feira (11).

 

Na tentativa pressionar mais uma vez o Governo do Estado, os professores fizeram uma nova passeata pelo Centro Político de Cuiabá (CPA).

 

Durante o ato, os professores exigiram que o Governo apresentasse por escrito à proposta de aumento salarial, no patamar dos 10.41%, que é almejado pela categoria. O protesto também aconteceu um dia depois da Justiça ter declarado a greve como sendo abusiva.

 

A Justiça deu prazo de 72 horas para que os professores retornem às salas de aula. O Sintep afirma que irá recorrer da decisão e que a greve está mantida por tempo indeterminado

 

“Abusivo são as escolas precárias, com os ar-condicionado despencando; abusivo são os incentivos fiscais que desviam recursos da Educação; abusiva é a não remuneração da hora-atividade para os professores contratados; abusivo é o Governo Silval Barbosa”, afirmou um professor, através do microfone do carro de som que comandou a passeata.

 

O ato foi o maior já realizado pelos professores, desde quando a greve começou, há um mês.

 

Cerca de mil manifestantes participaram da caminhada. A concentração do ato foi no acampamento que está instalado às margens da Avenida do CPA, em frente ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

 

De lá, a multidão dos profissionais da Educação seguiu em marcha pelo Centro Político, até chegar em frente ao Palácio Paiaguás – sede do Governo.

 

Os manifestantes ficaram cerca de meia hora, em frente ao palácio. Eles gritaram palavras de ordem e fizeram batucadas. Em cima do carro de som, o presidente do Sintep, Henrique Lopes, discursou para a multidão e mandou um recado ao Governo.

 

“Em greve nós estamos e em greve nós vamos continuar, até que o Governo faça uma proposta concreta, que atenda às reivindicações da categoria. Enquanto isso, nós não vemos motivos para os professores retornarem com as suas atividades. Governador Silval: mais respeito com os trabalhadores da Educação”, discursou Lopes.

 

Do Palácio Paiaguás, os professores seguiram em direção à Assembleia Legislativa e promoveram uma grande aglomeração na entrada. Alguns manifestantes chegaram a ocupar o salão de entrada da AL-MT.

 

Atitude radical

 

Um grupo de oposição à diretoria do Sintep-MT, composto de 20 pessoas, resolveu acampar dentro da Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT). A iniciativa aconteceu após a passeata dos trabalhadores da Educação.

 

Os manifestantes, dissidentes à diretoria do Sintep, fazem parte do Coletivo Autonomia e Luta. De acordo com um dos líderes do movimento, Jelder Pompeo, a atitude de acampar na Seduc visa a radicalizar a greve dos professores.

 

“Percebemos que o ato de caminhada no sol quente não está prejudicando o Governo. Resolvemos radicalizar o movimento, no sentido de tentar algo mais concreto pra categoria, do que apenas meras promessas”, justificou.

 

Pompeu disse que a ideia é de trazer algo de diferente ao movimento, e que ao mesmo tempo exerça uma pressão a mais no Governo. “Não estamos preocupados com o que a direção do Sintep pensará sobre isso. Nossa ideia é buscar resultados efetivos aos professores”, afirmou.

 

O Autonomia e Luta ficou acampado dentro da Seduc, das 15 às 19h.

 

Pompeu explicou que o objetivo não era permanecer no local. “Avaliamos que a nossa missão foi cumprida, pois os funcionários da Seduc, antes de ir embora, tiveram que passar entre os manifestantes. Muitos apoiaram o movimento”, afirmou.

 

A proposta

 

O Sintep concordou com a proposta de 27% dos recursos do Estado para a área da Educação. Atualmente, o Estado investe 25%.

 

Com o incremento, duas das principais reivindicações da categoria seriam atendidas, que são o aumento salarial de 10.41% e a hora atividade para os professores contratados.

 

Mas, a categoria pede que o Governo faça a proposta por escrito, o que, até agora, não aconteceu.

 

Outro lado

 

O Governo do Estado permanece aberto à negociação com os profissionais e a Secretaria de Estado de Educação está no aguardo da apreciação da proposta construída, coletivamente, até a próxima sexta-feira.

 

O Governo também afirmou que só pediu a ilegalidade da greve, por causa do "grande prejuízo aos alunos da rede estadual, que estão há um mês fora das salas de aula".

 

O Governo propõe a continuidade das negociações, com os professores de volta aos postos de trabalho.

 

Já o Sintep não aceita a condição, pois afirma que o Governo "já enrolou de mais a categoria, com grupos de estudos que não chegam a lugar nenhum".

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JUARA MATO GROSSO



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