NOTÍCIA | CASO IDA VERÔNICA

Polícia acha que menina sequestrada está fora do Brasil

Mãe biológica mandou mensagem da Itália à família adotiva, em Cuiabá

Por: Midia News
Publicado em 07 de Maio de 2013 , 11h47 - Atualizado 07 de Maio de 2013 as 11h47


A Polícia Civil não descarta a possibilidade da menina Ida Verônica Feliz, de 8 anos, já ter sido levada para fora do país. Ela foi sequestrada da casa de sua família adotiva, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá, no último dia 26 de abril.

 

Desde então, as suspeitas recaem sobre os pais biológicos de Ida, um casal condenado no Brasil por tráfico internacional de drogas, segundo o delegado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta (leia mais AQUI).

 

“É uma possibilidade porque a família biológica mora na Itália e eles são os principais suspeitos. O período em que tudo aconteceu foi suficiente para dar tempo de eles chegarem à Itália. O primeiro ato nosso foi o de contatar a Polícia Federal para vigiar os aeroportos, o Gefron [Grupo Especial de Segurança de Fronteira] e a PRF [Polícia Rodoviária Federal]. Mas, o sistema é falho”, afirmou o delegado, em entrevista ao MidiaNews.

 

Na última semana, a mãe biológica de Ida, a dominicana Élida Izabel Feliz, enviou uma mensagem à família adotiva da garota, por MSN, informando que sua filha estaria bem.

 

Stringueta afirmou que as investigações apontam que o computador usado para enviar a mensagem era da Itália, mas que isso não significa que a garota esteja no país.

 

“Nós verificamos que o equipamento utilizado para enviar essa mensagem à família estava na Itália. A mãe podia não estar na Itália e pedir para alguém fazer isso, mas no momento em que a mensagem foi enviada, ela foi escrita de lá. Isso não significa que a menina e nem mesmo a mãe estejam lá, mas reforça a suspeita de que o destino dela é a Itália”, disse o delegado.

 

A Polícia Civil já recebeu outras denúncias, após a divulgação dos retratos falados dos dois homens envolvidos no sequestro de Ida Verônica, mas os criminosos não mais entraram em contato com a família para pedir resgate.

 

“Estamos com alguns outros fatos iniciados, mas não posso comentar porque se eles souberem pode atrapalhar as investigações”, disse.

 

Stringueta salientou que ainda tem esperança de encontrar a garota, mesmo se ela já estiver fora do país.

 

“Ainda temos esperança de encontrar a menina. É uma batalha jurídica mais difícil, se ela estiver fora do país, mas existe a possibilidade [de trazê-la de volta]. A menina tem a nacionalidade estrangeira, mas nunca viveu fora do país. Isso tem que ser levado em conta”, afirmou.

 

O delegado da GCCO ressaltou, ainda, que a mãe biológica de Ida Verônica não cumpriu todo o tempo de prisão a que foi condenada em 2007 e que possui mandado de prisão expedido no país.

 

“A mãe tem mandado de prisão expedido pela Justiça de Tubarão (SC), porque ela não cumpriu toda a sua pena. Ainda existe a possibilidade dela ser enviada para cá para cumprir a pena, desde que ela não entre na República Dominicana. Se isso acontecer, ela tem a proteção da legislação de lá”, disse.

 

Protesto

 

A família adotiva de Ida Verônica, que detém a guarda provisória da criança, realizou um protesto na manhã de sábado (4), no Centro de Cuiabá, para que o caso não caia no esquecimento.

 

“Disseram-nos que ela já estava na Itália, mas nós a queremos de volta. Já falaram que se estiver com os pais em outro país as chances dela voltar é pequena, mas temos esperança”, disse Daniele Siqueira, irmã adotiva de Ida Verônica.

 

Conforme o advogado Eduardo Mahon, se há uma decisão judicial garantindo a guarda provisória a uma família adotiva, o caso da menina está sob a jurisdição brasileira e o pátrio poder dos pais biológicos estão suspensos.

 

Se há um mandado pedindo a repatriação da criança, segundo ele, a decisão deve ser respeitada pelo governo italiano. A Interpol já está na busca pela menina.

 

A mãe adotiva da criança, Tarsila Gonçalina Siqueira, disse que não se sente mais segura mesmo, se a menina estiver sob o poder dos pais.

 

“Eu a criei. O pai e a mãe sou eu. Ela nunca perguntou pelos pais. Na escola, quando fazia desenho da família, estavam ela, eu e a Daniele”, disse.

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JUARA MATO GROSSO



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