NOTÍCIA | Investigação

PF tenta identificar índios suspeitos de matar jovens em aldeia

Indígenas disseram que "toda a tribo" participou do crime; versão é contestada por policiais

Por: THAIZA ASSUNÇÃO MÍDIA NEWS
Publicado em 14 de Dezembro de 2015 , 19h07 - Atualizado 14 de Dezembro de 2015 as 19h07


A Polícia Federal iniciou, nesta segunda-feira (14), em Cuiabá, as investigações para identificar os índios que assassinaram dois jovens em uma aldeia, no município de Juína (735 km a Noroeste de Cuiabá).

Marciano Cardoso Mendes, de 27 anos, e Genes Moreira dos Santos, de 24 anos, estavam desaparecidos desde a última quarta-feira (9), após supostamente "furarem" um pedágio controlado pelos índios da etnia enawenê-nawê, na BR-174, no sentido Juína/Vilhena-RO.

Os corpos dos dois foram entregues no sábado (12) pelos indígenas, depois de horas de negociação intermediada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) e policiais federais.

Inicialmente, os índios afirmaram que não executaram os jovens. Alegaram que apenas os encontraram mortos, dentro da reserva indígena.

Depois, segundo a PF, eles disseram que "toda a tribo" participou do crime.

A versão, porém, não foi aceita pelos policiais federais, que acreditam que somente dois índios assassinaram as vítimas.

De acordo com a PF, o delegado do caso, Hércules Sodré, ouviu hoje uma testemunha ocular do fato, que poderá ajudar a identificar os criminosos.

O delegado acredita que, a partir do depoimento, nos próximos dias, deve pedir à Justiça Federal a prisão dos índios acusados do duplo assassinato.

A PF afirmou que os índios não terão tratamento diferenciado.

Segundo as informações,  eles serão indiciados e responderão criminalmente pelo crime, como qualquer outra pessoa.

O caso

Marciano e Genes saíram de Juína na manhã de quarta-feira (9), com destino a Rondônia, para comprar roupas para serem revendidas na loja de um deles, na cidade.

Há a suspeita de que um dos jovens teria disparado tiros contra uma placa da rodovia, após verificarem o bloqueio dos indígenas.

Depois dos disparos, os homens teriam sido pegos por índios que realizavam a cobrança de pedágio e foram levados para a aldeia da região.

Os índios

Os enawenê-nawês falam uma língua da família aruák e vivem em uma única grande aldeia próxima ao rio Iquê, afluente do Juruena, no Noroeste de Mato Grosso.

Neste ano, eles passaram a cobrar pedágios dos motoristas que trafegarem pela rodovia estadual MT-174, na ponte sob o rio Juruena, a 60 km do perímetro urbano de Juína.

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