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Oposição cobra instauração de CPI e ameaça pedir afastamento de governador no STJ

Requerimento necessita de pelo menos três assinaturas para CPI ser criada

Por: Reprodução Folha Max
Publicado em 17 de Maio de 2017 , 08h04 - Atualizado 17 de Maio de 2017 as 08h04


O deputado estadual Zeca Vina (PDT) afirmou nesta terça-feira que o grupo de oposição vai aguardar até a próxima segunda-feira que os deputados estaduais assinem o requerimento de instauração da “CPI das Escutas Telefônicas” na Assembleia Legislativa. Até o momento, o documento tem apenas cinco assinaturas e necessitam de mais três para que a comissão seja instalada.

Já assinaram o requerimento, além de Zeca Viana, os deputados Valdir Barranco (PT), Allan Kardec (PT), Silvano Amaral (PMDB) e Janaína Riva (PMDB), alvo das escutas ilegais no Estado. Caso não consiga colher as assinaturas necessárias, Viana anunciou que o grupo de oposição deve protocolar representação no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para requerer o afastamento preventivo do governador Pedro Taques. “Eu acredito que está muito difícil [abrir a CPI] porque foi orientado pelo próprio Governo, porque uma CPI não seria boa agora. Nós vamos discutir e vamos pedir nos meios cabíveis o afastamento do governador, nós da oposição”, disse o deputado.

Mais cedo, em entrevista ao Jornal do Meio Dia, Zeca Viana destacou que os demais poderes já tomaram providências para apurar os fatos.  “O Tribunal de Justiça já tomou providência, está fazendo uma investigação sigilosa e aí nós estamos aguardando a PGR, porque é quem vai determinar se vai dividir a investigação”.

Alvo das escutas, a deputada Janaína Riva (PMDB) também cobrou a aprovação da CPI. Porém, disse ser difícil que a base apoie a comissão e disse que irá procurar o CNJ e a Polícia Militar para apurar os fatos. “Já nem confio mais que esta casa se utilize de um instrumento como a CPI para apurar com seriedade esse ataque a democracia. Por isso vou a corregedoria e ao Conselho Nacional de Justiça para apurar a responsabilidade do magistrado, mas vou também a nossa gloriosa e ilibada Polícia Militar para pedir que se apure a responsabilidade de cada um dos policiais envolvidos na elaboração desse relatório e que hoje estão nomeados na Casa Militar sob as ordens do governador, mas sem perder de vista o papel importante que o MP e MPF podem exercer nesse caso", afirma.

Os deputados da base, porém, evitaram comentar o tema na sessão desta terça-feira. Um dos poucos a se manifestar foi o deputado Oscar Bezerra, que apontou que órgãos fiscalizadores já estão investingando o caso e, talvez, uma CPI não acrescentaria muito aos trabalhos. "O governo também espera uma investigação profunda neste sentido para elucidar esses fatos e punir realmente todos os culpados. Agora, como já tem os órgãos de controle, Polícia Federal, Procuradoria Geral da República e vários outros órgãos, não sei porque fazer CPI nesta casa".

O presidente da Assembleia, deputado Eduardo Botelho, pregou cautela ao se analisar a criação de uma CPI. Ele, porém, anunciou que a Assembleia deve convocar os ex-secretários Mauro Zaque e Fábio Galindo para explicarem a denúncia feita a Procuradoria Geral da República.

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