O deputado federal reeleito Carlos Bezerra (PMDB) voltou a defender a gestão do governador Silval Barbosa (PMDB), que encerra seu mandato no próximo dia 31 de dezembro.

Em entrevista à imprensa antes de ser diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em cerimônia realizada na sexta-feira (19), o parlamentar afirmou que a gestão de Silval não pode ser considerada um “patinho feio”.

“Acho que ele [Silval] fez a gestão dentro do que podia fazer. Pecou em fazer pouca política e pouca divulgação. Mas foi um governo que conseguiu grandes programas para Mato Grosso. Acredito que o "Acho que ele [Silval] fez a gestão dentro do que podia fazer. Pecou em fazer pouca política e pouca divulgação" Governo Silval não é esse 'patinho feio' que tentam pintar. Tem muitos pontos positivos”, disse.

Para o deputado, Silval deveria ter feito maiores investimentos na divulgação das ações do governo, principalmente em relação às obras da Copa do Mundo em Cuiabá.

“É um governo que realizou muita coisa importante. Fez avanços. Acho que o equivoco dele foi não fazer marketing, não teve divulgação suficiente do que foi feito. Mas muita coisa foi feita. O Estado avançou em muitos sentidos, inclusive na área social”, afirmou.

Entre as ações destacadas pelo cacique do PMDB estão as obras do MT Integrado e do MT Pontes. No entanto, nenhuma das obras foi concluída pela atual gestão.

“Tivemos grandes programas como o MT Integrado, as obras da Copa, o MT Pontes, e diversos outras ações de infraestrutura. Ele não executou tudo, executou parte e o próximo governo vai executar o resto. Espero que execute e que o Governo Federal continue repassando os recursos para cá”, disse.

Derrota

"Acredito que o Governo Silval não é esse 'patinho feio' que tentam pintar. Tem muitos pontos positivos"
Além de falar sobre a gestão de Silval, Bezerra ainda avaliou o desempenho do candidato derrotado ao Governo do Estado, Lúdio Cabral (PT).

Para o deputado, Lúdio foi prejudicado por questões internas do PT. Além disso, ele acredita que faltou apoio da presidente Dilma Rousseff.

“O maior problema não foi conosco, foi com o próprio PT. O PT estava rachado, a cúpula do PT não queria a candidatura do Lúdio e resistiu até a última hora. E isso atrasou tudo, atrapalhou tudo”, disse.

“E depois o PT continuou rachado. Isso foi uma preocupação muito grande e atrapalhou tudo. Além disso, o PT nacional não se fez presente, como deveria fazer”, completou.

Sem novas parcerias

Segundo Bezerra, a parceria entre PT e PMDB precisa ser revista em diversos Estados, principalmente em Mato Grosso. Ele defendeu que, nas próximas eleições, cada partido tenha o seu candidato.

“Vamos rever essa questão de parceria entre PT e PMDB. Acho que alguns Estados como Mato Grosso, o PT deve ter o seu candidato e o PMDB ter o dele. E, talvez, somar em um segundo turno”, avaliou.