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Neri Geller é acusado por delatores de receber R$ 250 mil em gabinete no Mapa

Ex-ministro de MT se diz tranquilo e suspeita de "armação" em denúncia sobre propina da Friboi

Por: DIEGO FREDERICI - Folha Max
Publicado em 05 de Agosto de 2017 , 03h36 - Atualizado 05 de Agosto de 2017 as 03h36


O secretário nacional de Políticas Agrícolas e ex-ministro da Agricultura (Mapa), Neri Geller (PP), negou que tenha recebido R$ 250 mil da JBS por intermédio do ex-deputado federal Eduardo Cunha em outubro de 2014. A denúncia consta numa reportagem da Revista Época, publicada no site do veículo na última quarta-feira (2).

Questionado sobre a matéria, Geller respondeu que sequer leu a reportagem. “Nem li a Revista Época até porque não vou me ater a isso. Vou cuidar bem da agricultura porque modéstia a parte sempre fiz isso. Não vou me aprofundar nem sei de tal nome que você acabou de falar. Tenho minha consciência tranquila”, disse Geller em entrevista a Rádio Capital FM.

O secretário nacional do Mapa se refere a Florisvaldo de Oliveira, conhecido como o “homem da mala da JBS”, que também em 2014 entregou R$ 1 milhão – em dinheiro vivo, e numa caixa de papelão -, a um enviado do então vice-presidente Michel Temer (PMDB). Segundo a reportagem da Época, Florisvaldo também teria repassado os R$ 250 mil a Geller dentro de seu gabinete no ministério.

Geller classificou a reportagem como uma “armação”, segundo ele, similar a que supostamente teria sofrido na operação “Terra Prometida” – deflagrada pela Polícia Federal (PF) em 2014. Na ocasião, a investigação se tratava de um esquema de fraudes na concessão de lotes destinados à reforma agrária, em Mato Grosso, e que envolvia Odair e Milton Geller, irmãos do Secretário Nacional do Mapa. “Estou muito tranquilo. Isso está me cheirando a mesma armação da Terra Prometida, quando quiseram envolver meu nome no escândalo de grilagem de terra. Sessenta dias depois saiu o arquivamento no Conselho de Ética, da Presidência, da Polícia Federal, me inocentando oficialmente. A imprensa divulgou muito pouco isso (inocência). A sociedade sabe como eu cheguei ao Ministério da Agricultura”, recordou.

Neri Geller sublinhou que tem uma relação “muito forte” com bancada de Mato Grosso no Congresso, além da frente Parlamentar do Agronegócio. Sobre as denúncias, o Secretário Nacional do Mapa minimizou as informações dizendo “vamos deixar as coisas acontecerem”. “Nós estamos particularmente tranquilos em relação a isso. Vamos deixar as coisas acontecerem. Lá na frente você vai ver o que vai acontecer. Quais foram as acusações. Deixa isso acontecer que logo vem as claras”, afirmou.

De acordo com reportagem da Época, além de Geller, o deputado federal Carlos Bezerra (PMDB) teria recebido R$ 14,6 milhões para apoiar a reeleição de Eduardo Cunha a presidência da Câmara dos Deputados em 2014. O senador Wellington Fagundes (PR) também teria sido beneficiado num dos pagamentos.

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