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MPF investiga falhas na iluminação da pista do aeroporto

MPF investiga falhas na iluminação da pista do aeroporto

Por: Mídia News\ KARINE MIRANDA DA REDAÇÃO
Publicado em 23 de Fevereiro de 2015 , 11h11 - Atualizado 23 de Fevereiro de 2015 as 11h11


O Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações à Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Mato Grosso sobre as falhas ocorridas no sistema de balizamento da pista do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
 
O problema ocorreu três vezes em um período de 15 dias, nos meses de janeiro e fevereiro, e ocasionou 20 "ocorrências", entre suspensão de pousos e suspensão de decolagens no terminal aeroportuário.
 
O pedido de esclarecimentos foi realizado pelo procurador da República Gustavo Nogami, que instaurou um Procedimento Preparatório a fim de obter explicações detalhadas da Infraero sobre a atual situação do sistema. O prazo dado é de 90 dias.
 
Além disso, o procurador quer informações sobre as providências adotadas para sanar as falhas constatadas. 
 
Até o momento, não há informações oficiais sobre o que ocasionou a falha no sistema, segundo a assessoria da Infraero.
 
Contudo, equipes da Infraero no Estado e em Brasília já iniciaram investigações para descobrir a causa do problema. 
 
Inicialmente, havia sido apontado que um curto-circuito teria atingido o sistema que, por ser integrado, desliga-se automaticamente.
 
Isto porque se uma lâmpada queima ou não funciona, todas as demais são desligadas conforme norma da Aviação Civil, que prevê que a distância de uma lâmpada para outra seja de 60 metros.
 
A Infraero informou ainda que já recebeu a notificação do MPF e que prestará os esclarecimentos dentro do prazo. 
Lislaine dos Anjos/MidiaNews
 
Obras no aeroporto
 
Apesar dos problemas, a Infraero não acredita que eles sejam ocasionados pelas obras de reforma e ampliação no aeroporto, que foram iniciadas em 2012 e estão paralisadas desde a Copa do Mundo, em junho do ano passado. 
 
A obra ainda está sob responsabilidade do Consórcio Marechal Rondon, formado pelas empresas Engeglobal, Farol Empreendimentos e Multimetal, e já consumiu pouco mais de R$ 60 milhões, de um total de R$ 83 milhões previstos.
 
No entanto, o Governo do Estado já confirmou que vai devolver a obra à Infraero, visto que o Consórcio não consegue concluir a reforma. Até o momento, 72% do previsto foram executados.
 
Dos serviços já realizados, foram constatados problemas em relação à estrutura como, por exemplo, a parte do forro e o teto do setor da nova área de desembarque do aeroporto, que cederam com as fortes chuvas.
 
Conforme o balanço divulgado pela Secretaria de Cidades, ainda faltam ser realizados serviços de acabamento em geral, reforma do terminal de passageiros antigo, instalação dos sistemas de ar-condicionado, implantação das pontes de embarque, entre outros.
 
Assim que conclusa a obra, o terminal deverá dobrar sua capacidade atual, passando dos atuais 5,46 mil m² para 13,2 mil m² - e a previsão é que o local receba 5,7 milhões de passageiros por ano; hoje a capacidade é de 2,5 milhões de passageiros/ano.
 
Obras do VLT
 
Enquanto a Infraero não confirma a relação entre a obra do aeroporto com as falhas na pista, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), vinculado ao Ministério da Defesa, já apontou que as obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) podem interferir na operação regular e na segurança de pousos e decolagens.
 
As obras já concluídas na Avenida João Ponce de Arruda, em Várzea Grande, estão fora dos padrões, segundo o Decea, que reprovou os projetos da Estação Couto Magalhães e de uma subestação de energia de 4,7 megawatts e da rede de catenárias - que são postes que fornecem energia às composições.
 
A Estação Couto Magalhães foi a única das 33 estações de embarque e desembarque de passageiros previstas para os dois eixos do VLT concluída até o momento. A previsão era de que no eixo 1 (Aeroporto-CPA) deveriam ser edificadas 22 estações e as outras 11 deveriam estar no eixo 2 (Centro-Coxipó).
 
Conforme o Decea, se as estruturas elétricas do novo modal foram mantidas podem causar interferências no sistema conhecido como DME que é uma estação que emite ondas de rádio e que auxilia a navegação aérea durante a aproximação do aeroporto.
 
O Gabinete de Projetos Estratégicos, responsável pela fiscalização das obras do Consórcio VLT, ainda não se posicionou sobre o assunto. Mas as obras do modal seguem paralisadas a pedido do próprio Consórcio, que exige o pagamento de uma dívida de R$ 160 milhões para dar continuidade às obras.
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