Movimento prevê 35 mil hoje em ato contra a corrupção
Movimento prevê 35 mil hoje em ato contra a corrupção
Mais de 35 mil pessoas já confirmaram presença no II Ato Contra a Corrupção e Violência, que irá ocorrer nesta quinta-feira (20), a partir das 17h, em Cuiabá.
Os números referem-se à página do movimento na rede social Facebook, até às 9h da manhã de hoje.
A expectativa dos organizadores da manifestação é de que mais de 10 mil pessoas compareçam ao evento, que já teve um novo trajeto traçado.
Os manifestantes irão sair da Praça Alencastro, descerão a Avenida Getúlio Vargas em direção à Avenida Tenente-Coronel Duarte (Prainha) até à Avenida Historiador Rubens de Mendonça (Avenida do CPA), de onde seguirão para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no Centro Político Administrativo (CPA).
De acordo com uma das organizadoras do evento, Hellen Cristina, o novo percurso foi votado pela maioria dos participantes, e o protesto contará com a participação do movimento estudantil e de várias entidades, como a Ong Moral e o Movimento Contra a Corrupção.
“O nosso movimento não tem líderes, apesar de que tem gente querendo se infiltrar para tomar a liderança e se aproveitar do manifesto. Por isso, não teremos falas no final do protesto”, disse.
Cristina afirmou, ainda, que o movimento não terá trio elétrico e carro “puxando” a passeata. Serão utilizados, no máximo, megafones pelos participantes.
“Teremos apenas um carro de som na concentração e que, depois, poderá ser usado durante o protesto, apenas para passar informes aos manifestantes. Vamos puxar o movimento apenas com a nossa voz”, afirmou.
A ativista afirmou que os organizadores trabalham para uma manifestação pacífica e apartidária. Portanto, se alguém for visto praticando atos de vandalismo ou violência, a Polícia Militar será acionada.
“Como se trata de um grupo muito grande, nós vamos conversar com as lideranças das entidades participantes para que ajudem a controlar os seus grupos, para evitar os atos de vandalismo. Mas, se o diálogo não bastar, vamos acionar a PM, para que ela aja dentro da lei. O nosso ato é pacífico”, observou.
O primiro ato contra a corrupção e a violência aconteceu na manhã do último domingo (16), quando cerca de 600 manifestantes se reuniram para marchar junto com a “Caminhada Pela Copa”, organizada pelo Governo do Estado.
Orientações
Como se trata de um trajeto de aproximadamente 4,5 km, os organizadores orientam os manifestantes a levarem garrafinhas de água e a usarem roupas leves e confortáveis.
Também há orientações para que os participantes se mantenham agregados ao grupo, e não joguem lixo no chão.
Pautas
O slogan do protesto será “Se não tem Saúde e Educação, tem corrupção!”.
A violência presente em outros atos que, até agora, ocorreram em pelo menos 16 capitais, motivou os manifestantes de Cuiabá a incluírem o repúdio à violência policial como bandeira.
Entre algumas das pautas que serão defendidas no manifesto, estão a redução significativa da tarifa e a melhoria na qualidade do transporte público; o cumprimento integral da Lei do Passe Livre; mais investimentos na Saúde e na sua interiorização; mais investimentos na Educação Pública; contra a aprovação da PEC 37; contra a corrupção; e contra a repressão e criminalização das manifestações sociais.
Segurança
De acordo com o tenente-coronel da Polícia Militar, Paulo Serbija, a atuação da corporação será a mesma registrada no protesto realizado na quarta-feira (19), na Capital.
Serão 135 policiais atuando na segurança dos manifestantes, sendo 100 do dos batalhões ordinários e 35 do Batalhão de Trânsito, além de 15 viaturas.
Eles seguirão à frente e atrás do grupo, garantindo o fechamento das ruas e controlando o tráfego, portando apenas o cassetete e sem posse de armas químicas ou não-letais.
“Continuaremos atuando de forma a manter o manifesto como um ato pacífico, da mesma forma como fizemos ontem”, afirmou o oficial da PM.
As tropas da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) e do Batalhão de Operações Especiais (Bope) estarão de reserva e aquarteladas (confinadas nos quartéis), sendo acionadas somente em casos extremos vandalismo, danos ao patrimônio público ou situações com reféns e explosivos.
Nesses casos, o uso de armamentos não-letais e químicos – como balas de borracha, sprays de pimenta, gás lacrimogênio e bombas de efeito moral – estará liberado.
O tenente-coronel afirmou que a PM de Mato Grosso não irá agir com violência gratuita e pediu para que, caso os manifestantes identifiquem baderneiros atuando no meio do protesto, informem para evitar que a situação de vandalismo se propague.
A Polícia Militar ainda orientou a população para que evite circular com veículos, nos horários e trajetos da manifestação que ocorre hoje na Capital.
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