NOTÍCIA | Suspeitas

Mochila do empresário Celso Bezerra, preso pela PF, tem citações de Maggi, Riva e lista de empréstimos

Investigações dizem que empresário é suspeito de cometer lavagem de dinheiro, associação a organização criminosa

Por: DO FOLHAMAX DA REDAÇÃO
Publicado em 14 de Janeiro de 2016 , 16h24 - Atualizado 14 de Janeiro de 2016 as 16h24


Durante mandado de busca e apreensão na casa do empresário Celson Luiz Duarte Bezerra na 8ª fase da Operação Ararath, agentes da Polícia Federal encontraram documentos com citações dos nomes do ex-governador e atual senador Blairo Maggi (PR) e o ex-deputado estadual José Riva (sem partido). Além disto, foi encontrada uma lista de valores financeiros com nomes de várias autoridades.
 
A revelação consta em um dos trechos da decisão do desembargador federal Mário César Ribeiro do TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região, ao qual FOLHAMAX teve acesso, que negou pedido de liminar em habeas corpus no dia 18 de dezembro de 2015. De acordo com as investigações da Polícia Federal, o empresário é suspeito de cometer lavagem de dinheiro, associação a organização criminosa e falsificação de documento particular.
 
Conforme um dos trechos, a prisão preventiva é justificada pela tentativa do empresário Celson Luiz Duarte Bezerra em obstruir as investigações. No dia em que agentes da Polícia Federal cumpriram o mandado de busca e apreensão em sua residência, o empresário agiu para ocultar documentos ao ordenar para o seu vigilante, Valdebrand Taques Guimarães, que a empregada doméstica da casa, Maria Pereira da Silva, abandonasse uma mochila na qual continha documentos em um estabelecimento comercial próximo da residência. 
 
Assim, o empresário estaria agindo para obstruir a investigação criminal com a ocultação e destruição de provas consideradas essenciais. Os agentes da PF flagraram a movimentação, o que fez com que o empresário fosse preso, já que ele incialmente só sofreria uma condução coercitiva.
 
Isso porque na mochila estava documentos vinculando valores em dinheiro a diversas pessoas incluindo autoridades de Mato Grosso cujos nomes ainda são mantidos em sigilo. “Conforme ressaltado na representação do Ministério Público Federal, na referia mochila abandonada foram encontrados, dentre outros documentos: (1) listas aparentemente vinculando valores em dinheiro a pessoas diversas; (2) uma folha contendo manuscritos no verso e anverso, entre eles a inscrição 'RV/CG $ 100.000 op. GOV/BLAIRO'; (3) uma Guia de Recolhimento da Previdência Social - GPS da Floresta Viva Exploração de Madeira e Terraplanagem LTDA; (4) cópia de uma nota promissória, datada de 11/04/2014, no valor de R$ 548.000,00, contendo anotações diversas, dentre as quais as inscrições '11/04 - 548.200' e '-20.000 - Riva'; além de cópia da Escritura Pública de Promessa de Venda e Compra celebrada entre Curitiba, Agropecuária, Indústria e Comércio LTDA e Piran Participações e investigações LTDA”, diz um dos trechos da decisão.
 
Diante do volume de provas colhido pela Polícia Federal que recebeu parecer favorável do MPF (Ministério Público Federal), o magistrado se convenceu de que não havia razão para conceder a liberdade. “Não identifico, em exame provisório, ilegalidade manifesta ou abuso de poder capaz de ensejar o deferimento do pedido de liminar. Indefiro-o, pois”, diz um dos trechos. 
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