NOTÍCIA | Protesto

Médicos fazem protesto e acenam para greve geral em Cuiabá

Movimento acontece na frente do Pronto Socorro; categoria quer reajuste salarial e segurança

Por: KARINE MIRANDA - Mídia News
Publicado em 03 de Fevereiro de 2015 , 04h36 - Atualizado 03 de Fevereiro de 2015 as 04h36


Os médicos que atuam no Pronto Socorro de Cuiabá realizam um protesto, na tarde desta terça-feira (3), contra o que classificam de "descumprimento" de acordos firmados entre a Prefeitura da Capital e a categoria.

 

Após a manifestação, será realizada uma assembleia-geral, que deve definir sobre a decretação de uma greve geral.

 

De acordo com Osvaldo Mendes, diretor de Comunicação do Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed), a categoria quer o cumprimento das cláusulas que dizem respeito ao reajuste salarial e à segurança nas unidades de Saúde da Capital.

 

Os profissionais querem que os salários sejam reajustados até alcançarem o piso da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que prevê proventos de quase R$ 11 mil. O reajuste faz parte de uma campanha nacional de melhoria salarial.

 

Médicos que atuam no Hospital Universitário Julio Muller (HUJM), em Cuiabá, e os profissionais que atuam no Pronto Socorro de Várzea Grande também aderiram à campanha.

 

“Vamos começar uma campanha salarial para chegar a um piso de R$ 11,997 mil, conforme a Fenam”, disse Mendes.
"Nós estamos brigando pelas questões das condições referentes às condições de trabalho, que estão piorando. São muitas agressões verbais e físicas. Queremos segurança"

 

Além disso, os médicos exigem a ampliação do número de segurança e policiais nos postos de saúde, policlínicas e Unidades de Pronto Atendimento (UPA), para evitar que casos, como o ocorrido no início do ano, se repitam.

 

Na ocasião, um médico e uma técnica de enfermagem lotados na Policlínica do Coxipó foram agredidos verbal e fisicamente por um paciente.

 

A cena foi gravada por algumas das pessoas que estiveram na unidade de Saúde. A Polícia Militar chegou a ser acionada, mas os agressores já haviam deixado o local.

 

“Nós estamos brigando pelas questões referentes às condições de trabalho, que estão piorando. São muitas agressões verbais e físicas. Queremos segurança”, disse o médico.

 

Ao todo, são 16 pontos de reivindicação da categoria, que já deliberou pela quarta paralisação, somente neste ano. As outras manifestações ocorreram nos dias 15, 21 e 26 de janeiro passado.

 

“Nós recebemos uma contraproposta da Prefeitura e eles nos convidaram a sentar à mesa para discutir. Vamos realizar a assembleia-geral para definir se será decretada a greve”, completou Osvaldo Mendes.

 

Caso seja decretada a paralisação das atividades, apenas casos de urgência e emergência serão atendidos.

 

Outro lado

 

Ao MidiaNews, o secretário municipal de Saúde, Ary Souza, disse que não houve a comunicação sobre o protesto e possível greve, mas observou que o movimento é “uma prerrogativa da categoria”.

 

“Se ele optaram por fazer a greve, é um direto que eles têm. Estamos tomando as providências”, disse.

 

Segundo Souza, as exigências estão sendo atendidas na medida do possível, sendo que os pontos sobre a realização do concurso já foram sanadas e a questão do reajuste salarial foi definida, mas será discutida somente em abril.

 

“A data base dos médicos é abril e nós estamos dispostos a discutir dentro daquilo que é definido por lei”, disse.

 

Já sobre a segurança nas unidades de saúde, Souza classificou a agressão como um “fato isolado” e garantiu que o reforço policial foi providenciado, logo após o episódio.

 

“Eles estão se firmando em um fato isolado. No dia seguinte, mandei meu adjunto ao local e ele conversou com os profissionais e explicou a situação. Nós tomamos providências. Lá tem 24 horas de policiamento”, disse.

 

O secretário afirmou ainda que está aberto a negociações com os médicos, inclusive, com a mediação do Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça, como ocorreu no último dia 13, quando a categoria ameaçou paralisar os atendimentos.

 

“Houve uma reunião com a categoria, na Junta de Conciliação. Não há razão para os médicos entrarem em greve, porque nós estamos aberto a negociações”, completou.

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