NOTÍCIA | Ganância

Juíza afirma que Assembleia foi vítima da ganância de Riva

Por: Camila Ribeiro - Mídianews
Publicado em 15 de Outubro de 2015 , 07h49 - Atualizado 15 de Outubro de 2015 as 07h49


“Inúmeros processos são indicadores do caráter pouco reto do investigado”, afirma Selma Arruda
Na decisão em que decretou a prisão do ex-deputado José Riva (sem partido) e de outros três servidores da Assembleia Legislativa, a juíza Selma Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado da Capital, afirmou que o Legislativo foi vítima da ganância do ex-parlamentar.

A magistrada também afirmou que o ex-deputado José Riva é "perigoso" e que sua liberdade atenta à ordem pública

Riva foi preso na noite da última terça-feira (13), por agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), durante deflagração da Operação Célula-mãe.

A magistrada citou, em sua decisão, que os desvios de dinheiro dos cofres da Assembleia, por meio das chamadas verbas de suprimentos, passam de R$ 1,7 milhão.
 
As investigações ora em exame também retratam que a Assembleia Legislativa foi novamente vítima da ganância de José Geraldo, que se apropriava de verbas mensais, destinadas ao seu gabinete

“As investigações ora em exame também retratam que a Assembleia Legislativa foi novamente vítima da ganância de José Geraldo, que se apropriava de verbas mensais, destinadas ao seu gabinete. O rombo, desta vez, é de mais de R$ 1.700.000,00 (um milhão e setecentos mil reais)”, afirmou.

A juíza disse também que há fortes indícios de que os desvios tinham como destinatários e/ou interessados o próprio José Riva.

“Os indícios são muito fortes, principalmente pelo documento que demonstra o verdadeiro ‘caixa dois’ que era contabilizado pelas servidoras lotadas no gabinete”, explica a magistrada.

O documento citado pela juíza foi encontrado em um pen drive apreendido durante as investigações.

Também é possível verificar neste documento, conforme a juíza Selma Arruda, que a verba desviada do Legislativo “era destinada a compra de votos, troca de favores e outros objetivos espúrios, que serviam a alavancar a figura pública de Riva”.

“Coleção” de processos

Ainda em sua decisão, a magistrada afirmou que o ex-deputado José Riva é "perigoso" e que sua liberdade atenta à ordem pública.

Os inúmeros processos por improbidade administrativa, se não podem ser levados em conta como antecedentes criminais, devem ser considerados como indicadores do caráter pouco reto do investigado

Como prova disso, a juíza lembrou o rol de ações penais que pendem em desfavor ao ex-presidente da Assembleia.

“Os inúmeros processos por improbidade administrativa, se não podem ser levados em conta como antecedentes criminais, devem ser considerados como indicadores do caráter pouco reto do investigado”, afirmou Selma.

“As ações penais a que responde, por sua vez, são também claro demonstrativo de que José Geraldo é acentuadamente voltado ao envolvimento em ilicitudes de todo tipo, especialmente em detrimento do dinheiro público”, completou a magistrada, que incluiu em sua decisão, vários prints de páginas do Tribunal de Justiça, com os respectivos processos em desfavor do ex-parlamentar.

Prisão

O ex-deputado José Riva foi preso, no início da noite de ontem, quando comprava medicamentos na farmácia Drogasil, na Avenida Lavapés, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá.

Ele foi detido às 18h43, por agentes do Gaeco, do Ministério Público Estadual (MPE), por meio de uma decisão da juíza Selma Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado da Capital.

Também tiveram prisões decretadas Maria Helena Caramelo, o ex-auditor geral da AL, Manoel Marques e Geraldo Lauro, que eram ligados a presidência na gestão de Riva.

Segundo informações preliminares, o ex-deputado teria sido citado como suposto mentor e beneficiário dos desvios, por ex-servidores que trabalharam em seu gabinete e que também foram alvo da operação, em setembro passado.

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