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Janete Riva falta à audiência, é declarada revel e intimada novamente

Por: Celly Silva, repórter do GD
Publicado em 08 de Novembro de 2017 , 16h13 - Atualizado 08 de Novembro de 2017 as 16h13


A ex-candidata a governadora de Mato Grosso e esposa do ex-deputado José Riva, Janete Riva, faltou a uma audiência de instrução relacionada ao processo criminal da operação Imperador, no qual ela é ré, e foi considerada revel pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Agir com revelia, no meio jurídico, é o mesmo que ser rebelde, ou seja, não obedecer a alguma determinação judicial da qual foi intimado.

Na ocasião, ocorrida na segunda-feira (6), nem mesmo os advogados de Janete Riva compareceram ao ato. Outra pessoa que também não compareceu foi a viúva do ex-secretário-geral da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) Edemar Adams, Cleonice Adams. Conforme extrato da audiência, ela estava viajando e isso foi informado por telefone pelos seus advogados à secretaria da 7ª vara criminal.

Por conta disso e da insistência por parte do Ministério Público Estadual (MPE) em ouvi-la, uma nova audiência foi designada para ocorrer no próximo dia 24, às 15h30.

“Impulsiono estes autos com a finalidade de INTIMAR a defesa da acusada Janete Gomes Riva, da redesignação da audiência para a oitiva da testemunha Cleonice Adams para o dia 24 de novembro de 2017, às 15:30 horas, bem como de que foi declarada a revelia da referida acusada, que devidamente intimada deixou de comparecer ao ato, conforme deliberações de fls. 1049/1050”, diz trecho de decisão publicada no Diário de Justiça desta quarta-feira (8).

A testemunha Cleonice Adams já foi ouvida em juízo em junho de 2015, na ação sobre o mesmo caso, porém, no desmembramento em que José Riva é réu, acusado de liderar esquema de corrupção que desviou R$ 62 milhões do Legislativo Estadual por meio de contratos com empresas fictícias do ramo de gráfica e papelaria.

Naquela ocasião, Cleonice afirmou que o marido dela participou do esquema de desvio de verbas de licitações. Segundo ela, a falcatrua já existia antes de Edemar Adams trabalhar na Assembleia. O índice de desvio seria de até 75% em relação ao montante pactuado nos contratos. À época, José Riva negava todas as acusações, mas atualmente adota postura de confissão e especula-se que ele esteja em vias de firmar acordo de delação premiada.

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