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Jajah teme "surra" e lembra que Janaína foi eleita com dinheiro sujo em MT

Tucano anuncia que irá pedir cassação da deputada por chamá-lo de ladrão

Por: VINÍCIUS LEMOS - Folha Max
Publicado em 18 de Maio de 2017 , 16h36 - Atualizado 18 de Maio de 2017 as 16h36


O deputado estadual Jajah Neves (PSDB) declarou que a deputada Janaína Riva (PMDB) foi eleita por meio de votos comprados pelo pai dela, o ex-parlamentar José Geraldo Riva (sem partido), com dinheiro desviado dos cofres públicos do Estado. O parlamentar afirmou que a deputada se faz de “coitadinha”, para tentar sensibilizar as pessoas, e contou que irá acioná-la por quebra de decoro, ao chamá-lo de “bandido” e “ladrão”.

No início da noite de quarta-feira (17), durante sessão na Assembleia Legislativa do Estado, Jajah e Janaína trocaram farpas, após o tucano criticar duramente o pedido que a parlamentar fez para a instauração de uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) para apurar o suposto esquema de escutas telefônicas criminosas no Estado, do qual a peemedebista teria sido alvo. “Nunca passei humilhação tão grande em toda minha vida”, disse a parlamentar, ao se referir sobre a possível quebra de sigilo que sofreu de modo criminoso.

Em meio a lágrimas, ela solicitou apoio à base aliada ao governo para conseguir instaurar a CPI, pois os aliados a Taques têm se negado a apoiar o procedimento. A base alega que a comissão irá atrasar o Legislativo Estadual e argumenta que o caso já vem sendo investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e pelo Ministério Público Estadual (MPE).

Diante do apelo da parlamentar, Jajah teceu críticas à deputada, durante a sessão, e afirmou que a deputada se fazia de vítima para tentar ludibriar os colegas e a população do Estado. As declarações revoltaram a parlamentar, que o acusou de ter se tornado deputado sem ter recebido votos suficientes, pois Jajah atualmente ocupa a vaga que pertence ao secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos.

Com dedo em riste, Janaína chamou o tucano de “ladrão” e “bandido” e disse que iria ao MPE representar contra ele, pois afirmou que o parlamentar repassa, ilegalmente, a verba indenizatória que recebe, de R$ 65 mil, ao titular do mandato. A sessão foi encerrada pouco tempo depois da divergência e o parlamentar não conseguiu responder a deputada no plenário.

No entanto, pouco após o encerramento, Jajah conversou com jornalistas e fez novas críticas à parlamentar. “Quando a deputada citou que voto eu não tenho, de certo era pra ter criado outro estado, que não o democrático. Não conheço nenhuma outra maneira para que um deputado chegue ao parlamento, com legitimidade, se não for através dos votos. Então, votos eu tenho”.

Ele comentou sobre a discussão que teve com a parlamentar e pontuou que ela se mostrou diferente do discurso que estava fazendo na Casa de Leis. “Ela parou ali e não era mulher, não, porque estava com força de dois ou três homens, porque quase me bateu dentro do parlamento. Realmente, é bom conhecer a face das pessoas, inclusive a dela, que dá de coitadinha para tentar sensibilizar, fazendo um teatro 'Pasquim' dentro do parlamento e vem falar de coisas totalmente descabidas”.

Jajah alfinetou o pai da deputada estadual, que atualmente responde a uma centena de ações em razão de desvios de dinheiro público que teria feito durante o período em que foi presidente da Assembleia Legislativa.  “Quando ela citou que não tenho foro privilegiado, realmente não preciso disso. Quem precisa de foro é ladrão, bandido, que quando tinha foro estava solto e quando perdeu foi para a cadeira, e agora está fazendo delação. Não preciso de foro, porque não sou criminoso, não sou bandido, não fui sustentado pelo dinheiro da corrupção, que levou o nosso Estado e muitas pessoas à miséria. Esse dinheiro deixou de levar saúde pública e educação a muita gente”, declarou.

O deputado afirmou que Janaína possui patrimônio oriundo de corrupção praticada contra o Estado. “Não ando com bolsa de marca, não viajo para tudo quanto é canto, não tenho patrimônio com dinheiro que veio da corrupção. Agora, ela quer fazer sensacionalismo aqui. Ela se diz muito frágil, mas demonstrou muita força”, detonou.

Para o tucano, os votos que a deputada conseguiu nas eleições de 2014 não foram conquistados de forma legítima. “Quem precisa de foro é ela, que veio de uma corja de bandidos. Ela tem que entender a história dela e a minha, que é íntegra e limpa. Quando ela diz sobre votos, eu tive, mas ela não, porque nem nome a deputada tinha. Os votos que ela teve foram roubados, porque foram comprados com dinheiro de corrupção do pai dela, e a deputada sabe disso”, comentou.

Jajah garantiu que os votos que ele obteve nas eleições na qual tornou-se suplente foram conquistados dentro da lei. “Eu tenho voto, o povo votou em mim. Agora, ela sabe muito bem de onde vieram os dela. Voto é coisa séria, íntegra. Ela não pode dizer que teve nenhum voto, porque o que ela teve não passa de compra de votos das pessoas com dinheiro roubado”.

“Diga-se de passagem, sou filho de uma professora e de um mecânico que nunca responderam a nenhum processo na vida. Eu não sou filho de um dos homens que mais têm processos no Brasil. teria vergonha de sair de casa se tivesse um pai como o dela. Ela tem que limpar a boca para falar de decência, honestidade, da minha história e da minha integridade neste parlamento”, completou.

Ele criticou a postura que a deputada adotou ao solicitar a instauração da CPI sobre as supostas escutas ilegais. “Não venha se fazer de coitadinha aqui, não. Todo o Estado viu a face dela, choramingando e com mentiras e falsidades, mas depois virou quase três homens no parlamento e quase bateu em mim. Se não separassem, eu iria apanhar dela, porque não ia levantar a mão contra ela. Mas cada um tem a sua história, quem tem rabo de palha não pula fogueira. Ela e a família dela têm rabo feito de palha e a fogueira está aí para queimá-los”, detalhou.

REPRESENTAÇÃO CONTRA PARLAMENTAR

O deputado ainda rebateu as afirmações de Janaína sobre o fato de ele repassar a Wilson Santos a verba indenizatória que recebe no Legislativo Estadual. "Isso ela vai ter que provar. Cabe a ela o ônus da prova. Eu vou acioná-la, porque ela está prevaricando. Eu quero que ela prove. Não existe nada disso. Ela mentiu ao falar que eu não sou base, que quero que o governo caia, porque o governo que represento sabe muito bem do meu posicionamento. Não sou louco nem taco pedra em avião. Todo mundo conhece minha postura dentro e fora do parlamento. Sou de um governo que não é ladrão, não é corrupto. Venho de uma família que também não é ladra nem corrupta. Não venho de onde ela veio, que é uma família de corruptos, de presidiários e de um governo que todo mundo sabe como era”, comentou.

Ele enfatizou que tomará as medidas cabíveis contra Janaína, em razão das declarações que ela fez sobre ele na sessão de quarta-feira. "Com certeza vou acioná-la, dentro do parlamento, por quebra de decoro, e nos meios legais. Esse teatro, de quinta categoria, o povo conhece. Todo mundo tem uma história e eu tenho a minha, qual é a dela? Sei de onde vieram meus votos? De onde vieram os votos dela? Quem é Janaína Riva?”, disse.

O tucano também rebateu as declarações da deputada, que o orientou a estudar para ser deputado, pois a Casa de Leis seria lugar para gente inteligente. “Eu sou formado em Gestão Pública, sou analista político. Realmente, de ‘maracutaia’ eu não entendo. Ela nasceu no berço dessas práticas ilegais. Se tem um lugar onde há ‘maracutaia’ neste Estado, é a casa dela. Então, ela que me respeite. Quem tem votos aqui sou eu, já ela não teve votos, teve negociações, que era o que o pai dela fazia. Graças a Deus que não tive nenhum voto como o dela”, argumentou.

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