Greve de professores em Mato Grosso segue sem acordo
Greve de professores em Mato Grosso segue sem acordo
A greve dos professores estaduais, que começou na segunda-feira (12), deve ser arrastar pelos próximos dois meses, até o Governo de Mato Grosso apresentar o estudo que prevê o reajuste salarial da categoria em 10,41%.
Pelo menos, esta é a sinalização que o secretário de Estado de Educação, Ságuas Moraes, deu para a questão. Conforme o gestor, o estudo será feito por uma comissão da Seduc e apresentado à categoria em 15 de outubro, Dia dos Professores.
Diante do “combinando”, o secretário de Educação esperava que os professores não entrassem em greve.
“As negociações estão em aberto. No último dia 25 de julho, o Governo do Estado se reuniu com os profissionais da Educação. Eles nos apresentaram a pauta de reivindicações. Com isso, contávamos que os professores não entrariam em greve”, disse Ságuas.
Ele ressaltou a impossibilidade de o Estado conceder um novo aumento aos professores, sem a conclusão do estudo da comissão do Seduc.
“O sindicato propõe um reajuste 10.41% ao ano, nos próximos sete anos, acima da inflação para que eles possam dobrar sua capacidade de compra. Será estudo da comissão é que vai definir o reajuste proposto pelo sindicato. Sem esse estudo, nós não podemos adiantar nada, até porque, neste ano, já teve reajuste de 8%”, afirmou o secretário.
Diante da postura da Secretaria de Educação, o Sintep afirmou que manterá a grave.
De acordo com diretor de Comunicação da entidade, Gilmar Soares, o objetivo é aumentar ainda a adesão à paralisação.
“Hoje, 80% das escolas estaduais da baixada cuiabana aderiram à greve. Nossa meta é chegar aos 100%”, declarou o diretor.
Soares também destacou que a greve não é só pelos 10.40% de reajuste salarial.
Ele explicou que, no documento do Sintep encaminhado à Seduc, existe uma série de reinvindicações “que nunca foram atendidas pelo Governo de Mato Grosso”.
Ele citou a falta de infraestrutura das escolas estaduais, os 35% do orçamento do Estado para a área de Educação e o fato de o Estado ainda não ter convocado os classificados do concurso público realizado em 2010.
1º Ato Público do movimento grevista
O 1º ato do movimento grevista dos professores da rede estadual superou as expectativas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público da Educação de Mato Grosso (Sintep-MT). O evento ocorreu naa terça-feira (13) e reuniu cerca de 2 mil pessoas, segundo o sindicato.
A passeata percorreu as principais vias do centro de Cuiabá: Getúlio Vargas, Barão de Melgaço, Issac Póvoas e Tenente-Coronel Duarte (Prainha).
O destaque também foi à adesão dos professores do interior do Estado, que vieram de 50 municípios diferentes.
Com bandeiras, faixas de protestos e palavras de ordem, os trabalhadores se comprometeram em reforçar a greve, que continua por tempo indeterminado por falta de acordo entre o Sintep e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT).
Durante o ato público na praça Alencastro foi colocado um quadro onde os professores expuseram suas indignações a partir da pergunta: “qual a marca do Governo Silval na Educação?”.
Muitos professores escreveram palavras como: descaso; sucateamento e e abandono das escolas.
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