NOTÍCIA | Ônibus

Greve de motoristas deixa 330 mil sem transporte coletivo

Greve de motoristas deixa 330 mil sem transporte coletivo

Por: Midia News
Publicado em 27 de Maio de 2013 , 03h01 - Atualizado 27 de Maio de 2013 as 03h01


Cuiabá está sem serviços de transporte coletivo urbano desde a zero hora desta segunda-feira (28), em função da greve geral dos trabalhadores de ônibus.

 

Conforme o MidiaNews antecipou na quarta-feira (22), a categoria rejeitou a proposta feita pelos empresários, durante assembleia-geral realizada no Sest/Senat,

 

Estima-se que, no mínimo 330 mil pessoas sejam afetadas com a paralisação dos serviços. Esse é o número de usuários do transporte coletivo apenas em Cuiabá.

 

Segundo dados fornecidos pela Associação Mato-grossense dos Transportes Urbanos (MTU), a frota de veículos ativos que atendem à Cuiabá e Várzea Grande, hoje, é formada por 450 carros.

 

O diretor de imprensa do sindicato, Erisvaldo Pereira, afirmou ao MidiaNews que foram realizadas quatro rodadas de negociação com a classe patronal e que, como não chegaram a um consenso, não haverá mais conversa com os empresários.

 

“Não tem mais negociação. Entre as empresas e o sindicato, não há mais conversa. A partir de segunda-feira (27), nós paramos”, disse o sindicalista.

 

A última proposta feita à categoria pelos empresários era de aumento de 10,6% nos salários-base dos motoristas - hoje fixado em R$ 1,5 mil - e 10% de reajuste para os demais trabalhadores do setor.

 

Hoje, além do vencimento bruto, os motoristas contam com uma comissão que varia de R$ 73 a R$ 193, determinada conforme o número de passageiros transportados.

 

Com o reajuste, o abono pago ficaria entre R$ 82 e R$ 199.

 

Os empresários, porém, mantiveram o posicionamento de não conceder plano de saúde aos trabalhadores – o que também consta como prioridade da pauta de reivindicações da categoria.

 

“Os trabalhadores querem salário-base de R$ 2 mil e o plano de saúde. Agora, vamos conversar apenas na Justiça”, afirmou Pereira.

 

50% da frota

 

O Tribunal Regional de Trabalho de Mato Grosso determinou que os trabalhadores do transporte coletivo deverão manter, no mínimo, 50% da frota de ônibus em circulação, independentemente do horário, durante todo o período da greve de motoristas.

 

A decisão, de caráter liminar, foi dada em resposta a uma Ação de Dissídio Coletivo de Greve ajuizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano do Estado, em desfavor do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Transporte Coletivo de Cuiabá e Região.

 

A liminar prevê ainda que os trabalhadores devem ter livre acesso às instalações das empresas, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

 

O despacho, assinado pelo presidente do TRT-MT, desembargador Tarcísio Valente, ressalta que a atividade desenvolvida pela categoria é indispensável ao atendimento às necessidades diárias da população, devendo ter a paralisada limitada para não prejudicar a sociedade que depende do serviço.

 

“Reputo necessário limitar o direito de greve da categoria profissional representada pelo sindicato, em razão do interesse geral dos usuários do transporte coletivo”, afirmou o desembargador.

 

Segundo o magistrado, a decisão foi motivada, ainda, pelo fato do sindicato não ter informado no comunicado de greve qual será o percentual de trabalhadores que permanecerá efetivamente em atividade durante a paralisação.

 

Em entrevista ao MidiaNews, na última quarta-feira (22), o diretor de imprensa do sindicato, Erisvaldo Pereira, afirmou que 100% da categoria cruzaria os braços a partir da meia-noite de hoje.

 

Por determinação do TRT, o sindicato dos trabalhadores deverá apresentar em 72 horas a quantidade, nomes e cargos do total de trabalhadores de cada empresa, bem como a quantidade de trabalhadores em atividade durante a greve para constatação do cumprimento da decisão.

 

A ação

 

Na ação, o sindicato patronal pedia para que 100% da frota fosse mantida em circulação durante os horários de pico (6h às 8h; 11h às 13h; 17h às 19h) e que 70% fosse mantido nos demais momentos.

 

Os empresários também solicitaram que fossem impedidos abusos durante o movimento grevista, como a dificuldade de acesso ao trabalho ou ameaça aos funcionários que não aderissem à paralisação e dano ao patrimônio das empresas ou às pessoas.

 

Acordo

 

Será realizada, na próxima sexta-feira (31), uma audiência para tentativa de conciliação entre os sindicatos, na sede do TRT.

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