Parece que os produtores de Mato Grosso ainda não se deram conta de que alguma coisa está errada, entre o discurso do candidato ao governo de Mato Grosso, o então senador, Pedro Taques e as ações do governador Pedro Taques.

Aquele tão prometido governo municipalista, aparentemente, ficou só no discurso.

Vejamos porque:

Primeiro: antes mesmo de assumir, o governador Pedro Taques já falava em discutir com os prefeitos a Lei Riva, que obrigava o governo do estado a dividir com os municípios, em partes iguais, o que fosse arrecadado com o Fundo do Transporte e Habitação no Estado - FETHAB.

Segundo: ao apagar das luzes de 2014, a APROSOJA, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, isso mesmo, a APROSOJA, conseguiu uma liminar na justiça, proibindo o cumprimento da lei, com a alegação de que ela é inconstitucional.

Terceiro: por que logo a APROSOJA pediu essa liminar, se ela, como representante da categoria mais prejudicada com a falta de estradas, deveria ser a maior interessada na aplicação da lei?

Quarto: em recente resposta a um manifesto na cidade de Brasnorte, quando produtores e entidades de classe fecharam a Rodovia MT 170, tentando sensibilizar o governo do estado para recuperar um trecho de aproximadamente 80km, que estão em péssimas condições de tráfego, que não dá nem para chamar de estrada mais, o governo empurrou de barriga e teria dito que quer parceria com produtores e prefeituras para efetuar a recuperação.

Quinto: o governo do estado, através do vice-governador Carlos Favaro, que era presidente da APROSOJA até bem pouco tempo, disse em suposta ligação para o prefeito Tarciso, de Brasnorte, teria se comprometido em mandar uma equipe de técnicos fazer um levantamento da estrada, para, só então, dar início ao processo licitatório com a finalidade de contratar uma empresa que iria fazer o serviço.

Sexto: porém, a condição do governo, é que só faria isso em parceria com o estado. Ou seja, o estado estraria com o produto e os municípios da região e produtores, bancariam a mão de obra.

Para refletir 01:

Se o governo não quer repassar o FETHAB para os municípios, que seria para a manutenção de estradas vicinais, por que na hora de recuperar uma rodovia estadual asfaltada, quer a contrapartida dos produtores e prefeituras?

Para refletir 03:

Se os municípios não têm o repasse do FETHAB, porque, agora, se quiserem a estrada recuperada, que é de responsabilidade do estado, terão de meter a mão no cofre e ajudar?

Para refletir 03:

Se os produtores, que já pagaram o FETHAB, que, supostamente, seria para a construção e manutenção das estradas e construção de casas populares, agora, se quiserem a estrada recuperada para escoar a sua produção, terão novamente que enfiar a mão no bolso e ajudar a custear as despesas?