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Gaeco diz que Riva pagava formaturas, políticos e massagens

Promotor de Justiça diz que despesas eram feitas com verbas desviadas da Assembleia

Por: Camila Ribeiro - Mídianews
Publicado em 15 de Outubro de 2015 , 07h42 - Atualizado 15 de Outubro de 2015 as 07h42


As investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), que resultaram em uma nova prisão do ex-deputado José Riva, nesta terça-feira (13), apontam que os recursos supostamente desviados da Assembleia Legislativa serviam para o pagamento de despesas pessoais do ex-parlamentar

Segundo os promotores de Justiça, Riva se utilizava de parte do dinheiro para a manutenção de “mensalinho” para políticos e lideranças do interior do Estado.


Além disso, as investigações concluíram que os recursos bancariam uma série de “mimos” que seriam distribuídos a "inúmeras pessoas físicas e jurídicas, tanto da Capital, como do interior de Mato Grosso".

Entre os itens citados pelo Gaeco, estão a distribuição de uísques, o pagamento de festas de formaturas (inclusive de faculdades particulares), jantares, serviços de massagistas, entre outros.

Segundo o promotor Marco Aurélio de Castro, coordenador do Gaeco, ficou constado, também, que o ex-deputado José Riva se utilizava dos recursos desviados para abastecer suas aeronaves particulares e custear despesas com honorários advocatícios.

A investigação que resultou em uma nova prisão do ex-presidente da Assembleia é desdobramento da Operação Metástase, que investiga um esquema que teria desviado R$ 2 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa por meio das chamadas verbas de suprimentos.

A nova fase da Operação, deflagrada na última terça-feira (13), foi denominada “Célula-mãe”.

"Estratagema criminoso"

Ainda conforme o Gaeco, os mandados de prisão decretados contra o ex-deputado Riva e outros quatro funcionários da Assembleia justificam-se já que, todos os servidores do Legilsativo, ouvidos durante os trabalhos de investigação, apontaram a existência de um "estratagema criminoso".

Após os depoimentos, o Gaeco concluiu que os líderes da organização criminosa objetivavam dificultar a descoberta dos fatos.

"Salienta-se que todos os servidores oividos pelo Gaeco (com excessão dos líderes da organização) afirmaram a existência de um estratagema criminoso arquitetato pelos líderes visando dificultar a descoberta da verdade, como a consequente blindagem do núcleo criminoso", disse o Gaeco.

O Grupo afirmou ainda que, outras frentes de investigações estão sendo abertas e novas fases não estão descartadas.

Prisão

O ex-deputado José Riva foi preso, no início da noite de ontem, quando comprava medicamentos na farmácia Drogasil, na Avenida Lavapés, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá.

Ele foi detido às 18h43, por agentes do Gaeco, do Ministério Público Estadual (MPE), por meio de uma decisão da juíza Selma Arruda, da Vara de Combate ao Crime Organizado da Capital.

Também tiveram prisões decretadas Maria Helena Caramel, o ex-auditor geral da AL, Manoel Marques e Geraldo Lauro, que eram ligados a presidência na gestão de Riva. Este último, segundo o Gaeco, também foi preso na noite de ontem.

Segundo informações preliminares, o ex-deputado teria sido citado como suposto mentor e beneficiário dos desvios, por ex-servidores que trabalharam em seu gabinete e que também foram alvo da operação, em setembro passado.

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