NOTÍCIA | Caso Riva

"Fiz coisa errada por 20 anos e beneficiei mais os outros que a mim", diz Riva

Ex-deputado afirma que recursos desviados pagaram dívidas com factorings de Arcanjo e também de campanha

Por: CARLOS DORILEO Da Redação
Publicado em 25 de Fevereiro de 2017 , 07h15 - Atualizado 25 de Fevereiro de 2017 as 07h15


O ex-deputado José Riva presta depoimento na tarde desta sexta-feira à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, em várias ações criminais decorrentes da Operação Arca de Noé. O ex-deputado e ex-conselheiro Humberto Bosaipo, réu no processo, foi intimado a comparecer a audiência e também pode prestar depoimento. 

Riva e Bosaipo são acusados de desviarem recursos da Assembleia Legislativa utilizando as factorings de João Arcanjo Ribeiro. De acordo com o Ministério Público Estadual, eles desviaram até R$ 500 milhões em valores atualizados. 

O suposto esquema funcionaria por meio de uma simulação de gastos com empresas de fachada para desvio de dinheiro público.

Existe a expectativa de que o ex-presidente da Assembleia Legislativa confesse os desvios de recursos e apontem outros beneficiários. Em ações relativas a Operação Ventríloquo, Sodoma e algumas da Arca de Noé, o ex-presidente da Assembleia já adotou a estratégia de admitir crimes.

VEJA TUDO COM DETALHES

16h40 - Acaba o depoimento de José Riva.

16h34 - O ex-deputado considera muito difícil identificar todos que se beneficiaram do dinheiro desviado da Assembleia, pois ali era um total descontrole. Em relação a Guilherme Garcia, afirma que emprestava dinheiro para o ex-deputado Humbeto Bosaipo. "Acredito que ele não se beneficiou desses desvios, mas tinha negócios com o Bosaipo". 

16h27 - José Rova diz que as dívidas de R$ 25 milhões que assumiu na Assembleia Legislativa "eram um conjunto" e admite ter algumas de campanha. Ele diz que, na época, chegou a pensar em renunciar, mas depois percebeu que era possível pagar.

16h10 - O ex-deputado coloca que está fazendo sua parte ao assumir a culpa e cha que todos que foram beneficiados deveriam fazer o mesmo. ""Cada um tem que vir aqui e elencar o que fez para poder carregar sua carga", declarou.

16h04 - O ex-deputado diz que evita fazer uma análise política, já que deixou a função desde 2014, e num exame de "autoconsciência" decidiu assumiu os crimes. Ele reafirma, porém, que muitas pessoas foram beneficiadas com as fraudes que teria promovido na Assembleia. "Fiquei 20 anos fazendo coisa errada, beneficiando mais os outros do que a mim. Eu fiz um compromisso com Deus de falar a verdade", assinala. 

15h54 - José Riva começa a fazer um desabafo. Ele diz que quando assumiu o comando da Assembleia Legislativa pela 1ª vez, existia uma dívida de R$ 25 milhões, mais R$ 10 milhões de restos a pagar e ainda 4 folha de pagamento dos servidores atrasadas. Em pouco tempo, segundo ele, a dívida subiu para R$ 40 milhões.

Ele afirma que os empréstimos feitos foram com intuito de pagar as dívidas do parlamento estadual. Segundo ele, muitas das empresas, nos anos de 1995 a 1999, sequer prestavam algum tipo de serviço. "O Bosaipo propôs e eu aceitei", declarou.

15h32 - O MPE questiona o ex-deputado sobre um suposto servidor da AL no estado do Tocantins que disse que nunca esteve em Cuiabá, mas contraiu empréstimos. Riva responde que lembra do caso, mas que na época, nem ele nem Bosaipo conheciam o cidadão. "Não éramos nós quem escolhíamos quem faria o empréstimo". O ex-deputado afirmou ainda que, na época, prestou depoimento ao MPE sobre esta situação.

15h26 - Segundo o ex-deputado, as dívidas foram pagas por meio de empresas de fachada que estão na "Operação Arca de Noé". Ele afirma ainda que a participação de Humberto Bosaipo, seu companheiro de Mesa Diretora, é proporcional a sua.

15h23 - Em relação ao CDC junto ao Bancor Real, o ex-deputado confirma que não eram para pagar servidores, mas sim as dívidas da Assembleia. Segundo ele, na relação de pessoas beneficiadas, tinham supostos funcionários que não eram servidores do legislativo. 

O ex-deputado afirma ainda que cheques administrativos foram usados para pagar dívidas com factoring, João Arcanjo Ribeiro e também de campanha eleitoral. "Os servidores não eram pagos com cheques".

15h17 - Em relação ao último depoimento, onde já havia confessado a existência de desvios, o ex-deputado diz que não há nada o que acrescentar. Ele, porém, entrega a juíza Selma Arruda uma relação de cheques que teriam sido pagos a João Arcanjo Ribeiro.  

15h12 - Porém, o ex-deputado afirma que quer fazer uma observação em relação a denúncia e diz que os irmãos Joel e José Quirino não são seus conhecidos e podem pertencer ao grupo político de Humberto Bosaipo. "Que cada um carregue a sua carga", declarou.

15h09 - Representantes do MPE afirmam ao ex-deputado que vão questioná-lo sobre o processo do CDC do Banco Real. Após leitura da denúncia, ele diz que grande parte dela é verdadeira.

15h00 - Após muito debate entre as partes, finalmente vai começar o depoimento da Riva. Réus e co-réus no processo, incluindo Humberto Bosaipo, deixam a sala. A primeira ação da qual ele falará diz respeito a um CDC no Banco Real feito por servidores da Assembleia. 

14h30 – José Riva e Humberto Bosaipo já estão na sala de audiência. Acompanhados de seus respectivos advogados, eles mantém uma distância entre si.

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