NOTÍCIA | Prisão

Ex-vereador João Emanuel é preso novamente em Cuiabá

Operação da Polícia Civil desarticula quadrilha acusada de cometer estelionatos

Por: KAMILA ARRUDA - Diário de Cuiabá
Publicado em 28 de Agosto de 2016 , 10h28 - Atualizado 28 de Agosto de 2016 as 10h28


O ex-presidente da Câmara de Cuiabá João Emanuel foi preso na manhã desta sexta-feira (26) durante a operação “Castelo de Areia”, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil. Ele teve o mandado de prisão cumprido no Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, onde está internado deste a última quinta-feira (25) se recuperando de um procedimento cirúrgico.

No total, foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva, todos expedidos pela Vara do Crime Organizado.

Além do ex-parlamentar, tiveram as prisões decretadas Shirlei Aparecida Matsuoka e seu marido, Walter Dias Magalhães Júnior; Evandro Goulart e Marcelo de Melo Costa, ex-candidato a prefeito de Várzea Grande.

O advogado Lázaro Moreira Lima, irmão de João Emanuel, foi alvo de condução coercitiva. Ele também teria participação no esquema. O advogado foi liberado após prestar depoimento.

Os mandados de busca e apreensão, por sua vez, foram cumpridos nas residências de todos investigados e nas duas sedes do Soy Group, sendo uma na Avenida do CPA e outra em Várzea Grande.

Os investigados são suspeitos de praticar o crime de estelionato. Conforme investigação conduzida pela Delegacia Regional de Cuiabá em conjunto com a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), eles atuavam em todo o Estado, aplicando variadas formas de golpes.

Nos golpes que já foram identificados foi constatado um prejuízo que ultrapassa a casa dos R$ 50 milhões. O montante corresponde a crimes praticados contra sete vítimas que já foram detectadas.

Em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões.

“Neste caso do falso chinês, de acordo com a vítima, o João Emanuel teria até traduzido para ela o linguajar do país da China, fazendo uma verdadeira farsa. Um interprete sem entender do mandarin. Então, podemos dizer que a farsa deles era muito bem montada”, registra o delegado Luiz Henrique Damasceno.

Ainda conforme o delegado, as vítimas chegavam a ser levadas para o Chile. “Lá, eles tinham escritórios montados para conseguir arrecadar estes valores”, explica.

As denúncias começaram a chegar, através das vítimas, há cerca de 1 mês. Elas começaram a fazer cobranças de um retorno. Como não estava tendo retorno, procuraram a polícia. “Esse grupo oferecia empréstimos a juros baixos, vendendo fumaça a esses clientes. E eles acabavam acreditando em uma farsa muito bem montada”, explica o delegado Flávio Stringueta.

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