NOTÍCIA | Dupla fraude

Ex-deputado Maksuês Leite confirma esquema fraudulento na Câmara e na Assembleia

Ex-deputado Maksuês Leite confirma esquema fraudulento na Câmara e na Assembleia Assembléia comprou, pagou R$ 30 milhões, mas nunca recebeu os 180 mil

Por: José Ribamar Trindade
Publicado em 12 de Fevereiro de 2015 , 12h12 - Atualizado 12 de Fevereiro de 2015 as 12h12


O jornalista, empresário e ex-deputado estadual Maksuês Leite, voltou a confirmar em depoimento à Justiça o que já havia confessado ao Ministério Público Estadual (MPE). Dono da Propel, uma gráfica de fachada com uso de um “laranja”, Leite confirmou a existência de um grupo que simplesmente tinha a intenção de desviar recursos da Câmara Municipal de Cuiabá, em um esquema parecido com um golpe aplicado pelo próprio Leite dentro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, quando ele ainda era deputado.

 

Tanto na Câmara, como na AL, a Propel vendia o que não tinha para vender, inclusive livros, mas recebia milhões. Caso que também está sendo investigado pelo Ministério Público.

 

O depoimento de Maksuês foi prestado para MPE nesta segunda-feira (9) para o promotor de Justiça Marco Aurélio de Castro.

 

O esquema foi descoberto a partir da Operação Aprendiz, deflagrada no final de 2013, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco).

 

Ao entregar no Programa de Delação Premiada, Maksuês Leite, que já é réu no processo por envolvimento em fraude em licitações, que antes negava tudo, resolveu “abrir a boca” e voltou a reafirmar o que já havia confessado antes: “Havia a existência de um grupo que tinha a intenção de desviar recursos da Câmara Municipal contratando serviços que, na prática, nunca foram prestados”.


O golpe foi praticado em parceria com o ex-vereador João Emanuel (PSD), que aparece dentro do processo e das investigações como o “o grande arquiteto” do esquema. Fraude, que segundo ainda investigações, gerou um rombo de mais R$ 1,6 milhão dos cofres públicos.

 

As investigações comprovaram que a Propel não tinha condições de prestar os serviços, nem mesmo de pequeno porte, pois era apenas de “fachada”, o mesmo esquema foi descoberto na Assembleia de Mato Grosso entre os anos 2006 a 2010, quando foram gastos alguns milhões em material de expediente que nunca foram entregues.

 

Além do material de expediente, a AL também comprou, pagou e não recebeu, mais de 180 mil livros ao custo de R$ 30 milhões, pagos, segundo as investigações do Gaeco e agora também do MPE ainda em andamento, em dez parcelas de R$ 3 milhões.

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