NOTÍCIA | BENS EM TROCA

Ex-deputado Dilceu Dal Bosco oferece imóveis para desbloquear R$ 22,4 milhões

Dilceu Dal Bosco foi delatado por Riva e teria recebido mais de R$ 4,1 milhões em propina

Por: DIEGO FREDERICI Da Redação Folha Max
Publicado em 09 de Março de 2021 , 19h25 - Atualizado 09 de Março de 2021 as 19h45


Reprodução

O ex-deputado estadual Dilceu Dal Bosco disponibilizou imóveis de sua propriedade para suspender o bloqueio de bens que sofreu do Poder Judiciário de Mato Grosso, em 2020, no valor de R$ 22,4 milhões. Ele foi delatado pelo ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), José Riva, pelo recebimento de uma suposta propina mensal (“Mensalinho”), paga pelos ex-governadores de Mato Grosso aos parlamentares estaduais, desde pelo menos a gestão Dante de Oliveira (falecido em 2006).

Em despacho publicado nesta terça-feira (9), o juiz Bruno D’Oliveira Marques, que determinou o bloqueio contra o ex-deputado estadual, deu 15 dias para Dilceu Dal Bosco comprovar por meio de documentos que é o verdadeiro dono dos imóveis. Não há detalhes sobre o valor de mercado ou que tipo de propriedade o ex-parlamentar disponibilizou.

“Intime-se o requerido Dilceu Antônio Dal Bosco para que, no prazo de 15 dias, comprove a propriedade dos imóveis ofertados em caução, mediante a juntada de matrícula atualizada, tendo em vista que os documentos que acompanharam a petição não são hábeis a tal desiderato”, determinou o magistrado.

O CASO

 

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O ex-deputado estadual Dicel Dal Bosco foi denunciado pelo Ministério Público do Estado (MPMT) por, supostamente, ter recebido durante 96 meses uma propina denominada “Mensalinho”. Os pagamentos ilícitos foram revelados pelo ex-presidente da ALMT, José Riva.

Segundo os depoimentos de Riva o esquema teria o objetivo de comprar o apoio de parlamentares no Legislativo, desde os anos 1990, para apoiar a gestão do governador que ocupava a Chefia do Poder Executivo Estadual. Dilceu Dal Bosco, por sua vez, recebeu a suposta verba ilegal entre 2003 e 2011, período em que ocupou a cadeira de deputado estadual.

“Os fatos vieram a lume, inicialmente, através das declarações prestadas pelo ex-governador Silval Da Cunha Barbosa que em sua colaboração premiada junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público Federal, relatou a existência do esquema de pagamento de propina (‘Mensalinhos’)”, diz trecho da denúncia.

Ainda segundo a denúncia do MPMT, o ex-parlamentar recebeu em valores brutos R$ 4,1 milhões. Com o desconto de impostos, Dilceu teria sido beneficiado com cerca de R$ 3,1 milhões. Na avaliação do órgão ministerial, os fatos “mancharam” o mandato do ex-deputado estadual.

Dilceu Dal Bosco é irmão do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM), líder do governador Mauro Mendes (DEM) na ALMT.

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