NOTÍCIA | ARCA DE NOÉ

Ex-deputado afirma que Arcanjo obrigou a assinar NPs para fornecedores da AL

José Riva depõe a juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Arruda

Por: CARLOS DORILEO - Folha Max
Publicado em 22 de Março de 2016 , 17h05 - Atualizado 22 de Março de 2016 as 17h05


O ex-deputado estadual José Riva depõe nesta terça-feira num dos processos referentes a “Operação Arca de Noé”. O ex-presidente da Assembleia é acusado de emitir cheques da Assembleia Legislativa para pagamentos de empréstimos contraídos junto a factoring do ex bicheiro João Arcanjo Ribeiro.

 

De acordo com a denúncia, para dar “legalidade” a fraude, o ex-deputado constituía empresas de fachada que simulavam prestação de serviços a Assembleia Legislativa. O esquema foi desbaratado em 2002, mas a ação só teve andamento após ele deixar a Assembleia Legislativa, em 2015.

 

Atualmente, José Riva está preso no Centro de Custódia de Cuiabá, anexo ao presídio do Carumbé, em virtude da “Operação Metástase”, que apura desvio de cerca de R$ 2 milhões da Assembleia por meio da verba de suprimentos. Desde que deixou o mandato, o ex-deputado tem enfrentado problemas com a Justiça.

 

Além da prisão na “Metástase”, Riva foi detido por fraudes na “Operação Imperador”, que apura desvios de R$ 62 milhões em compra de materiais de expediente, e na “Ventríloquo”, que apura desvios de R$ 9,5 milhões por meio de acordo com o HSBC.

 

Acompanhe a audiência em tempo real:

 

15h50 - José Riva diz que não se recorda para quais empresas precisou assinar notas promissórias. Segundo ele, o caso ocorreu há 18 anos e se passaram mais de 100 empresas fornecedoras do legislativo. "Não tenho condições de dizer quais eram".

 

Ele afirma que foi ameaçado pelo pessoal da Confiança Factoring a assinar o "caução" para os fornecedores do legislativo.

 

15h43 - O ex-presidente da Assembleia reafirma que a dívida com a factoring não era dele, nem de Bosaipo, mas devido a pressão foi obrigado a assinar a promissória. Disse que o valor das NPs, somados, chegava a R$ 15 milhões.

 

O ex-deputado diz ainda que os empréstimos dos fornecedores com a factoring de Arcanjo foram quitados, mas a empresa disse que perdeu as notas promissórias.

 

15h39 - Riva explica que assinou 20 promissórias com a factoring de Arcanjo como "caução" de uma negociação entre o ex-bicheiro e fornecedores. Ele diz que, devido a forma truculenta como Arcanjo agia, foi chamado a Assembleia junto com Humberto Bosaipo e assinou o documento.

 

O ex-deputado recorda que empresas de médio e grande porte faziam operações com factorings na época. "A factoring tinha medo dos fornecedores não pagarem e pediam algo que pudesse assegurá-los", diz.

 

15h35 - José Riva confirma que fez operações pessoais com a factoring de João Arcanjo. Diz também que servidores trocavam cheques referente a salários com o ex-comendador.

 

15h30 - O ex-deputado diz a juíza que não tinha como desviar os valores apontados pelo Ministério Público na denúncia. "Sem essa quantia a Assembleia não funcionava", destacou.

 

Ele afirmou que, na época em que supostamente ocorreram os desvios, nenhum deputado reclamava de falta de materiais ou de estrutura na Assembleia Legislativa. Riva coloca que não tem condições de falar se o seu companheiro de Mesa Diretora, ex-deputado Humberto Bosaipo, estava envolvido em fraudes.

 

15h25 - Em relação aos cheques encontrados na Confiança Factoring, de João Arcanjo Ribeiro, o ex-parlamentar afirmou que muitas empresas faziam negociações com a factoring.

 

15h19 - Riva explica a juíza Sela Arruda que o presidente e o primeiro-secretário da Assembleia não tinham conhecimento de tudo que acontece no processo licitatório. Ele afirma que a maioria dos servidores já trabalhavam na Assembleia quando assumiu seu primeiro mandato, em 1995.

 

15h10 – Após o debate, o ex-deputado será ouvido. Riva disse estar preparado para depor, porque estudou os processos.

 

15h00 – O advogado Rodrigo Mudrovitsch, que defende o ex-deputado, fez uma reclamação de que cheques em duplicidade estão nos autos. Ele pediu para a Justiça rever o caso.

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JUARA MATO GROSSO



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