NOTÍCIA | OPERAÇÃO METÁSTASE

Escutas mostram que servidores temiam demissão e proteção a Riva

Riva,. Maria Helena e Geraldo Lauro seguem presos por fraudes

Por: CARLOS DORILEO - Folha Max
Publicado em 04 de Março de 2016 , 12h44 - Atualizado 04 de Março de 2016 as 12h44


Responsável pelo setor de escutas do Grupo de Ação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o policial Gérson Nunes Ferreira confirmou que servidores da Assembleia foram obrigados a mentir em depoimentos ao Ministério Público Estadual sob ameaça de perderem seus empregos. A declaração foi dada em audiência de instrução da “Operação Metástase”, que apura desvios de cerca de R$ 2 milhões da Assembleia Legislativa por meio da fraude no pagamento da verba de suprimentos.

Segundo o agente do Gaeco, os servidores Geraldo Lauro, Ana Martins de Araújo Ponteli e Maria Helena Caramelo eram responsáveis por entrar em contato com os servidores que sacaram as verbas de suprimentos. As conversas entre os assessores de Riva e os servidores que sacaram a verba passaram a ser gravadas quando houve a investigação para apurar o suposto desvio no Núcleo de Defesa do Patrimônio Público, do Ministério Público Estadual.

Os chefes de gabinete orientavam os servidores sobre os depoimentos e demonstraram a preocupação em proteger o ex-deputado José Riva, apontado como líder e principal beneficiário do esquema. “Há diálogos em que os servidores dizem que sabiam das notas falsas, mas que faziam isso porque precisavam do emprego. Nunca houve ameaças, mas dava para perceber que os envolvidos ficavam pelo menos constrangidos”, disse o agente do Gaeco.

Gerson Nunes Ferreira contou que as ligações serviram para agendar reuniões entre os servidores e os chefes de gabinete de Riva. O advogado Alexandre Nery Ferreira, que representou alguns servidores, também participava das reuniões após conversas com os chefes de gabinetes.

Segundo a denúncia, Nery foi escalado pela “organização criminosa” para acompanhar os depoimentos com intuito de proteger o grupo. Num dos depoimentos, ele chegou a chutar a perna de um servidor para não entregar o esquema.

Gerson informou que as conversas de Ana Pontelli eram as mais comprometedoras e revelavam todo o esquema. Ele disse que não houve contato entre os servidores e o ex-deputado José Riva.c

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