Acumulando uma dívida que beira os R$ 2 milhões, o Conselho Gestor do Hospital Universitário Júlio Müller, vinculado à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) decidiu nesta quinta-feira (27) entregar a administração da unidade hospitalar à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

 O hospital conta com 118 leitos e mais 19 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e crianças. Ao todo, 972 servidores trabalham na unidade.

  Durante a assembleia, 11 membros do conselho que é composto por técnicos, docentes e diretores votaram pela terceirização do setor.

 Outros dois membros votaram contra. A decisão ainda não é definitiva. Para entrar em vigor, ela terá que ser ratificada no Conselho Universitário da UFMT (CONSUNI).

  Ao G1, o diretor-superintendente do hospital universitário, Elias Nogueira afirmou que se nada fosse feito, a unidade corria o risco de fechar as portas por falta de estrutura.

 ´O risco de fechar as portas do HUJM (é iminente) caso não aderirmos ao novo modo do governo federal de administrar a parte de recursos humanos dos hospitais públicos universitários.

 A empresa vai repassar os recursos e fiscalizar esse setor. No entanto, a universidade vai continuar a administrar os atendimentos e o acompanhamento dos estágios e residências dos universitários na instituição´, explicou.

  Para o vice-reitor, Francisco Souto, a empresa que, possivelmente, irá administrar o hospital é pública e não se encaixa no modelo de terceirização.

 ´A empresa é 100% pública e inteiramente ligada ao Ministério da Educação ( MEC). A presidência da empresa será nomeada pelo ministro da Educação.

 Além disso, a condição para contratarmos a empresa é a de que todos os leitos do hospital trabalhem exclusivamente para o Sistema Único de Saúde (SUS)´, ressaltou o vice-reitor.