O Governo de Mato Grosso está investigando a origem dos ataques ônibus do sistema de transporte coletivo e outros atos de violência em Cuiabá e Várzea Grande na noite desta sexta-feira. Informa ainda que o policiamento na capital e em Várzea Grande foi reforçado em função dos ataques e que este reforço do policiamento será estendido durante todo o fim de semana.

Desde o início da noite, a polícia confirmou quatro ataques a ônibus. Em Cuiabá, foram incendiados veículos no bairro Praieiro, Jardim Vitória ePedra 90. Outro ataque foi no bairro Unipark, em Várzea Grande.

Por conta disso, as empresas que operam no transporte coletivo das duas cidades recolheram toda a frota.

Ainda foram registrados outros tipos de atentados. Um agente prisional teve o carro metralhado na avenida dos Trabalhadores, próximo ao Residencial Santa Inês. Não foi confirmado se ele foi atingido.
A principal suspeita é de que os ataques seriam uma retaliação às consequências da greve dos servidores do Sindicato dos Servidores Penitenciários de Mato Grosso (Sindspen-MT), que provocou a interrupção das visitas nos presídios e do banho de sol dos detentos. Desde o começo da semana, familiares dos detentos estão alertando para uma possível rebelião e chegaram a bloquear o tráfego em uma rodovia para reivindicar o retorno das atividades nos presídios.

Mesmo com a ilegalidade da greve, decretada pelo desembargador Alberto Ferreira de Souza no dia 03 de junho, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, a categoria não interrompeu a paralisação.

ARRASTÃO

A noite ainda registrou um "arrastão" na saída da Faculdade Candido Rondon, na avenida da Prainha. Oito alunos foram assaltados por um grupo de assaltantes quando saíam da faculdade.

OS demais alunos ficaram sabendo do assalto e ficaram "sitiados" dentro da instituição. Eles só deixaram o local quando policiais compareceram e garantiram a segurança ao menos na saída.