O ex-secretário de Estado Eder Moraes não retornará mais ao Presídio da Papuda, em Brasília, onde ficou detido, desde o último dia 20 de maio, até esta quarta-feira (23), quando chegou a Cuiabá para participar de audiência na Justiça Federal.

Ele é réu por suposta participação de um esquema de lavagem de dinheiro, investigada pela Polícia Federal, na Operação Ararath.

"Ele está sereno e focado em sua defesa. Ele me disse, inclusive, que quer falar apenas com algumas pessoas da família, e prefere não ser procurado por amigos no Centro de Custódia"
Segundo o advogado Fábio Lessa, que defende o ex-secretário, o Núcleo Federal do Presídio da Papuda vai ser extinto no próximo dia 31 de julho.

Desde a semana passada, os detidos que estavam no local estão sendo recambiados aos seus Estados de Origem.

“Por isso, o Eder, independente das audiências na Justiça Federal, permanecerá em Cuiabá, detido no Centro de Custódia de Cuiabá (antiga Polinter)”, afirmou.

Lessa esteve reunido com Eder por duas horas, na manhã desta quinta-feira.

"Ele está sereno e focado em sua defesa. Ele me disse, inclusive, que quer falar apenas com algumas pessoas da família, e prefere não ser procurado por amigos no Centro de Custódia. Até porque essas visitas não seriam permitidas, já que ele tem a prerrogativa de escolher quatro pessoas que poderão visitá-lo. E serão todos familiares", disse.

O advogado ressaltou que Eder não receberá a visita da esposa Laura Teresa Cristina, já que foi imposta, pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, medida restritiva, para que eles não mantenham contato.