Duas em cada 10 mil sofrem de ataque renal
Duas em cada 10 mil sofrem de ataque renal
Para celebrar o Dia Mundial do Rim, comemorado em 14 de março, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) lançou a campanha Pare de agredir seu rim.
O Ministério da Saúde estima que aproximadamente 20 milhões de brasileiros sejam portadores de algum grau de doença renal.
Além disso, um estudo da SBN indicou que a taxa de mortes dos doentes renais crônicos aumentou 38% entre 2000 e 2010.
Segundo Selmo Minucelli, hematologista, o principal motivo deste crescimento é o diagnóstico tardio de pessoas com disfunções nos rins.
´Muitos pacientes, antes de começar a fazer hemodiálise, nem sabem que são doentes renais crônicos e acabam sendo atendidos numa emergência´, explica.
Minucelli conta que os testes de detecção, que podem ser de urina ou de sangue, devem ser realizados sistematicamente em pacientes com alto risco para a doença. São considerados fatores de risco problemas como o diabetes, pressão alta, doença renal na família, idade avançada e doenças cardiovasculares.
De acordo com a última pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), cerca de 30 milhões de pessoas, no Brasil, com mais de 18 anos tenham pressão arterial alterada; entre 7 e 10 milhões de indivíduos têm diabetes; além de o país ter mais de 2 milhões de obesos.
O nefrologista Marcos Kubrusly, ressalta que as doenças renais são silenciosas e, por isso, não se deve esperar sintomas.´O paciente não costuma sentir nada na fase inicial.
Alguns reclamam de mal estar e cansaço, mas estes são sintomas muito inespecíficos´, alerta.
O médico esclarece que em estados avançados a doença causa náuseas, vômitos, falta de ar, inchaço, entre outros desconfortos.
Para prevenir as doenças renais, o nefrologista recomenda fazer atividade física, beber de 1,5 litros a 2 litros de água por dia, controlar o açúcar no sangue, manter a pressão arterial sob controle, não fumar e evitar medicamentos anti-inflamatórios.
A prevenção é o melhor caminho. Contudo, manter o check-up laboratorial em dia é, também, de extrema importância, pois assim a doença será detectada precocemente´, adverte.
Os principais exames são clearance de creatinina, sumário de urina e ultrassonografia dos rins.
Caso o problema seja diagnosticado, o que levará à perda da função de filtragem dos rins, o paciente precisará de tratamento urgente e acompanhamento do progresso da doença.
´Na fase inicial o paciente precisa fazer uma mudança na dieta. Se tiver pressão alta e diabetes, ele deverá tomar medicamentos para controlar, além de remédios para reduzir a eliminação de proteínas pelos rins. Já na fase mais avançada, vem a diálise, mais medicamentos e o transplante renal´, finaliza Minucelli.
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