NOTÍCIA | ANIVERSARIANTES DO DIA

Deu no site Boa Mídia: VULTOS DE MATO GROSSO: José Riva

Riva foi um dos principais líderes políticos de Mato Grosso desde 1998, quando foi eleito o deputado estadual mais votado em seu Estado e nunca mais deixou essa condição.

Por: Reprodução Boa Mídia
Publicado em 08 de Abril de 2021 , 08h07 - Atualizado 08 de Abril de 2021 as 08h17


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Assembleia Legislativa rezou por sua cartilha. Ao longo desse período os governadores engrossaram a fila do beija-mão a Riva. A bancada federal nunca assumiu posicionamento que chocasse com ele. AMM e UCMMAT, que são as associações dos prefeitos e vereadores, respectivamente, eram verdadeiras extensões de seu gabinete. Entidades de classe de servidores, patronais e de trabalhadores na iniciativa privada, mesmo se dirigidas por seus críticos, sempre buscavam seu apadrinhamento quando se sentiam prejudicadas ou reivindicavam algo. A força representativa dele chegou ao fim. Do poder quase ilimitado não resta nada. Por várias vezes foi preso. Com essa mistura de currículo e ficha corrida cumprirá 2 anos de prisão domiciliar e ao fim desse período será cidadão sem débito com a Justiça.

Riva foi um dos principais líderes políticos de Mato Grosso desde 1998, quando foi eleito o deputado estadual mais votado em seu Estado e nunca mais deixou essa condição. Paralelamente a isso, também carregava o incômodo título de parlamentar mais denunciado pelo Ministério Público e mais processado do Brasil. Quanto à pecha, Riva sempre a desqualificou. Dizia que o MP tratou de pulverizar uma ação em várias e que repetiu essa prática em todos os casos de supostas irregularidades entre a Assembleia e fornecedores.

Riva sempre com ampla cobertura jornalística

Capixaba de Guaçuí, nascido em 8 de abril de 1959, José Geraldo Riva, comemora aniversário juntamente com Cuiabá, cidade fundada pelo bandeirante paulista Moreira Cabral 140 anos antes de seu nascimento.

Por idade Riva perdeu cadeira de deputado para Homero Pereira

Ainda criança Riva foi em busca de dias melhores no Paraná. Em 1979, com o diploma de técnico em Contabilidade debaixo dos braços, mudou-se para Juara, município na calha do rio Arinos e que dava seus primeiros passos. A profissão era conhecida como guarda-livros. Riva se orgulha dela e conta que sua família era muito pobre. Seu pai, Dauri Riva, reuniu os filhos, e sem alternativa, pediu que eles escolhessem um para continuar os estudos, porque não poderia pagar escola para todos. A decisão dos irmãos foi unânime: “Vai o Zezé, que é mais danado”. Habilidoso e considerado letrado para a época, ganhou a confiança da população de Juara e, em 1982, três anos depois de desembarcar naquela cidade, se elegeu prefeito pelo nanico PMN. Não é preciso explicar quem é o Zezé.

O Cuiabá Arsenal também era 55, o número do PSD de Riva

Riva assumiu a prefeitura de um lugar totalmente desconhecido até mesmo em Mato Grosso. Ele sabia que se não divulgasse Juara seu desenvolvimento seria lento e difícil. Como se fosse caixeiro-viajante percorreu o Paraná vendendo a boa imagem de sua nova terra. A política promocional apresentou bom resultado e em pouco tempo sua cidade ganhou título de realeza: virou Rainha do Café.

No começo de 1989 o mandato de Riva na prefeitura chegou ao fim. No ano seguinte, se lançou a deputado estadual com apoio de caciques políticos, que não apostavam naquela aventura. A região de Juara tinha pequeno eleitorado e sua candidatura serviria apenas para somar voto à coligação de seu PMN.

 

Guilherme Maluf, agora TCE, rezava pela cartilha de Riva

A previsão do grupo foi apenas parte do desfecho da eleição de 1990. Riva empatou em número de votos com Homero Pereira, do PRN coligado ao PMN. O desempate pela primeira suplência seria por idade. Homero era mais velho: nasceu em 25 de maio de 1955. Riva, nascido em 8 de abril de 1959 viu Homero assumir uma cadeira mais tarde.

Homero Alves Pereira assumiu uma cadeira na Assembleia em parte da legislatura. Depois foi presidente da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato) e deputado federal. Morreu em 20 de outubro de 2013, vítima de um câncer, no exercício do mandato, na Câmara dos Deputados,

Não lhe faltava afago dos seguidores

A fase política adversa de Riva se estendeu a 1992, quando disputou e perdeu a eleição para prefeito de Juara. Nem mesmo a coleção de tropeços em pouco tempo o desanimou e, em 1994, estava novamente nos palanques pedindo apoio para deputado pelo PMN. Naquele ano conseguiu chegar à Assembleia, com 8.090 votos. Começava assim sua ligação umbilical com o Parlamento mato-grossense.

Em 1998 Riva foi o candidato a deputado estadual mais votado, com 29.776 votos. Repetiu essa condição em 2002, com 65.389 votos; em 2006, com 82.799 votos; e em 2010, com 93.594 votos.

Juarez Costa, agora deputado federal (MDB) seguia Riva na Assembleia

Plenário sempre foi território estranho pra Riva. Desde sua posse, em fevereiro de 1995, por cinco vezes presidiu e por duas foi primeiro-secretário da Assembleia. Nesse período enfrentou contratempos. Na legislatura de 2007 a 2010 foi afastado da presidência e posteriormente teve o mandato cassado por decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por crime de compra de votos na eleição de 2006, no município de Santo Antônio de Leverger. Cassado, se candidatou a deputado estadual em 2010 e, mesmo fora do poder, foi novamente campeão de votos ao cargo.No longo período na Assembleia Riva trocou de partido algumas vezes: saiu do PMN para o PSDB, deste para o PP e liderou a criação do PSD em Mato Grosso.

Riva foi o deputado mais atuante e o que mais apresentou projetos e indicações. À época, sua assessoria revelou que ele foi autor de 450 leis e indicações importantes.

Na legislatura de 2011 a 2014 Riva também foi afastado da presidência por decisão judicial. Primeiro foi mantido na função, mas impedido de administrar a Assembleia; Romoaldo Júnior (PMDB) o substituiu. Depois foi destituído do cargo de presidente, mas conseguiu reverter a situação.

O momento mais crítico de Riva aconteceu em 20 de maio de 2014, quando foi preso, em Cuiabá, pela Polícia Federal, no desenrolar da Operação Ararath, que (ainda) apura lavagem de dinheiro, agiotagem e outros crimes. Levado para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, o deputado foi solto três dias depois. Tanto a prisão quanto a soltura foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli. Riva protestou contra a prisão, que definiu como arbitrária. Ao decidir pela liberdade do parlamentar, Dias Toffoli admitiu que foi induzido pelo Ministério Público ao erro na decretação (da prisão), pois a papelada que chegou às suas mãos omitia o fato de Riva ser deputado e estar em pleno exercício do mandato.

Em 2014 Riva anunciou que disputaria o governo, mas foi alcançado pela Lei Ficha Limpa. Inelegível, lançou a mulher, Janete Riva (PSD), que teve pífio desempenho nas urnas. Janete encabeçou uma chapa com o médico Aray Fonseca de vice e recebeu 144.440 votos (9,92%). O vencedor, em primeiro turno, foi Pedro Taques (PDT) e o segundo colocado foi o petista Lúdio Cabral. Antes dessa eleição, em 2002, Janete foi candidata a vice-governadora  numa chapa tucana encabeçada pelo então senador Antero Paes de Barros, e que foi vencida em primeiro turno por Blairo Maggi (PPS).

 

Passou

 

Riva deixou o poder

Riva passou. Enfrentou um mar de ações que nem ele mesmo sabia quantas eram. Por algum tempo virou sinônimo de corrupto, mas essa pecha cada dia se dilui mais, na medida em que operações do MP, da Polícia Federal e da Delegacia Fazendária revelam as entranhas políticas mato-grossenses e nacionais.

Durante o longo período em que foi investigado e denunciado pelo MP Riva não demonstrou nervosismo. Calmo, sereno, administrava a tormenta em que se meteu.

Durante seu ciclo de poder Riva teve a Imprensa nas mãos. Derramava dinheirama na Comunicação. Dizem que por dentro e por fora.

Em 10 de março de 2016 a Polícia Federal apreendeu na casa de Riva uma lista com 107 nomes de jornais, sites, televisões, revistas, emissoras de rádio e jornalistas que, segundo a PF, receberiam por fora para blindagem de seu esquema.

Com tantas figuras da Comunicação envolvidas com Riva não é difícil imaginar qual tratamento editorial recebia no seu ciclo de poder. Não somente jornalistas o cortejavam. Até o Banco do Brasil, referência de instituição séria, dobrou os joelhos para ele. Quando da construção da atual sede da Assembleia, Riva canalizava seu rechonchudo duodécimo para a obra – para quitar a folha salarial o bondoso BB fazia CDC para os servidores da Assembleia, e Riva ao fio imaginário do bigode garantia a transação.

Vale observar que a parceria Riva/BB acontecia quando o mandachuva não conseguia viabilizar recursos com a agiotagem. O ex-bicheiro Comendador João Arcanjo Ribeiro, que era dono de factorings e explorava cassinos e o jogo do bicho em Mato Grosso. descontava notas promissórias emitidas por Riva com aval do também deputado Humberto Bosaipo, ambos em nome da Assembleia. Essas notas eram dadas em pagamento a fornecedores do Legislativo. Dezenas desses documentos foram apreendidos no escritório de uma das factorings de Arcanjo, em 2002, quando da Operação Arca de Noé.

Entre o empresariado Riva era o cara. Isso, porque tinha o poder do sim e do não nas obras contratadas pelo governo. Trombar com ele era o mesmo que fazer haraquiri empresarial.

Emanuel Pinheiro está na lista de Riva…

Num depoimento espontâneo à juíza Criminal Selma Rosane de Arruda (mais tarde senadora e na sequência cassada) em 31 de março de 2017,  Riva confessou que pagou mensalinho a 33 deputados estaduais e ex-deputados estaduais. Mais tarde esse depoimento foi engrossado com outros cinco nomes,  virou delação ao Ministério Público Estadual e Riva foi beneficiado com a homologação de sua tratativa com o MP. Em 20 de fevereiro deste ano o desembargador do Tribunal de Justiça, Marcos Machado, a homologou. Resumo: foi condenado a 4 anos de prisão domiciliar e a devolver R$ 94 milhões. O ex-mandachuva acumula dois anos atrás das grades, o que quebrou sua sentença pela metade. Anteriormente havia devolvido R$ 2 milhões, e agora terá que desembolsar R$ 92 milhões. Na homologação Riva ganhou refresco pra permanecer em liberdade até 2 deste mês de junho, pra que pudesse vender imóveis para integralizar em espécie o montante que lhe foi arbitrado. Não se sabe se conseguiu a proeza de vender algo em plena pandemia. O que se sabe é que em razão do coronavírus a Justiça suspendeu os prazos processuais e ele permanecerá livre, leve e solto por mais algum tempo, embora isso não soe bem, pois aos 60 anos, o recomendável seria seu isolamento domiciliar, que no seu caso específico ainda é reforçado por sentença judicial.

Na delação homologada Riva admite que foram surrupiados R$ 175 milhões da Assembleia entre 1995 e 2014, Há quem questione o montante, por achá-lo modesto para a roubalheira desenfreada que tinha o mandachuva à frente e era compartilhada por dezenas de outras figuras ilustres e outras nem tanto. As ações desdobradas da delação tentarão reaver a dinheirama.

Dilmar Dal’Bosco, também

A lista dos delatados não foi divulgada por se tratar de ação em segredo de Justiça, mas fontes ligadas ao caso sustentam que se trata da mesma relação anteriormente informada pelo mandachuva à então juíza Selma Arruda.

Nela, os deputados estaduais Romoaldo Júnior (MDB), Dilmar Dal’Bosco (DEM), Carlos Avalone (PSDB)Sebastião Rezende (PSC) e Nininho (PSD); o prefeito de Cuiabá e ex-deputado estadual Emanuel Pinheiro (MDB); o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual, Guilherme Maluf; o procurador do Estado e ex-deputado estadual Alexandre Cesar; o ex-presidente da Assembleia e ex-governador Silval Barbosa; os ex-deputados estaduais e conselheiros do TCE, Humberto Bosaipo (aposentado) e Sérgio Ricardo (afastado judicialmente); e os ex-deputados estaduais Mauro Mauro Savi, José Domingos Fraga, Walace Guimarães, Percival Muniz, Daltinho, Ademir Brunetto, João Malheiros, Nilson Santos, Gilmar Fabris, Luciane Bezerra, Maksuês Leite, Walter Rabelo e Hermínio Barreto (ambos falecidos), Luiz Marinho, Zeca Viana, Ezequiel Fonseca, Baiano Filho, Teté Bezerra, Luizinho Magalhães, Neldo Weirich, Carlos Azambuja, Chico Galindo, Airton Rondina, Wagner Ramos, Pedro Satélite, Dilceu Dal’Basco e Chica Nunes.

Familiocracia

 

Família Riva: sai o pai José entra a filha Janaína

No auge do poder Riva elegeu seus irmãos Priminho e Paulo Rogério prefeitos de Juara e Tabaporã, respectivamente. Sua filha Janaína Riva cumpre o segundo mandato consecutivo de deputada estadual e carrega o título de campeã de votos para o cargo.

Em 2014 Janaína elegeu-se pelo PSD de seu pai. Agora é liderada pelo cacique Carlos Bezerra, que controla o MDB, seu novo partido. De quebra ela é vice-presidente da Assembleia e se reelegeu para a mesma função por mais dois anos.

Janaina é sócia de uma madeireira investigada pela Operação Lava Jato por suspeita de lavagem de dinheiro por meio de transações que envolveriam o empresário Valdir Piran e o lobista Lúcio Funaro. Janaína e seu irmão José Geraldo Riva Júnior legalmente respondem pela empresa Floresta Viva Exportação de Madeira e Terraplanagem, que seria o pivô das investigações que a envolvem com Piran e Funaro. Segundo Janaína, quem administra a empresa é seu pai,

 

Nas pegadas de Riva

 

Em 2 de fevereiro de 2009 arranquei de Riva sua primeira declaração sobre o VLT e com isso garanti a manchte do dia seguinte do Diário de Cuiabá:

Coincidentemente com as vésperas da Copa do Mundo de 2014, mas não em razão dela, Cuiabá buscava uma matriz de transporte para ancorar o sistema existente e que responde pelo vaivém dos passageiros urbanos. Cogitava-se a construção de uma – ou duas – linhas alimentadoras de BRT (sigla em inglês de Bus rapid transit, que em tradução livre significa ònibus de trânsito rápido) nos moldes de outras em operação no Brasil, a exemplo de Goiânia. Na prática seria a criação de um corredor exclusivo para a passagem em dois sentidos de ônibus articulados, que seriam integrados aos que se fazem a ligação bairros-centro.

Políticos, técnicos e jornalistas batiam na tecla do BRT. Batiam. Depois que o então deputado e presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, decidiu que a matriz de transporte seria VLT, Cuiabá reviu seu posicionamento e a então quase tricentenária cidade de Moreira Cabral entrou nos imaginários trilhos defendidos por Riva.

VLT era uma sopinha de letras desconhecida em Mato Grosso até a manifestação de Riva. No passado, Júlio Campos sonhou com o mesmo projeto, mas à época não havia tal sigla. Candidato ao governo em 1982, Júlio anunciou que construiria uma linha de trem de superfície em Cuiabá. Em tempos modernos Riva emplacou a ideia do VLT.

Pela primeira vez Riva falou em VLT

A Imprensa sempre foi zelosa com Riva e costumeiramente arredondava sua fala. Em 2 de fevereiro de 2009, uma delegação da CBF veio a Cuiabá com o craque bicampeão do mundo Zito à frente. A visita era para defender a meta da capital mato-grossense em sediar jogos da Copa do Mundo, condição essa que disputava com Campo Grande (MS). Perdido na multidão de jornalistas, ouvi Riva falar ao pé do ouvido de Zito que ele dotaria a cidade com um moderno sistema de transporte: o VLT.

Puxei conversa com Riva. Arranquei dele a manchete política do Diário de Cuiabá no dia seguinte. O deputado revelou que tinha um projeto para construir o VLT e que o apresentaria ao governador Blairo Maggi. Acrescentou detalhes. Os colegas o ouviram sobre outros temas. Tentei reproduzir aqui o conteúdo publicado no Diário, mas o sistema de buscas do jornal está inoperante. Lamentável.

Em outros textos acompanhei a evolução do projeto VLT. Em agosto de 2012, a capa da edição daquele mês da revista MTAqui foi uma grave denúncia sobre propina envolvendo o projeto VLT. O assunto encerrou-se na denúncia. Agora, diante do surgimento da discussão sobre a retomada ou não da obra, avalio que a leitura daquele texto seja interessante e até mesmo esclarecedor para a guinada que jogou o BRT fora da linha de seu concorrente sobre trilhos.

(Manchete da revista MTAqui – agosto 2012)

 

Um VLT a 80 em Cuiabá

 

Agosto 2012

80 não é a velocidade que o VLT desenvolverá: é uma denúncia, que fala em 80 milhões de reais em propina que teriam sido pagos pelo consórcio que construirá esse sistema de transporte

 

Rowles Magalhães Pereira da Silva era assessor especial do vice-governador Chico Daltro (PSD) e eminência parda do poder até cair em desgraça ao abrir a boca para denunciar que “integrantes do governo estadual” receberam R$ 80 milhões em propina para jogar no colo do Consórcio VLT Cuiabá formado pelas empresas C.R.Almeida, Santa Bárbara, CAF Brasil e Astep Engenharia a obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande, que tem orçamento de R$ 1,477 bilhão.

Rowles o denunciante


O agora demitido Rowles disse no dia 14 deste mês, ao portal UOL, que a propina foi paga, mas tirou o corpo fora na hora de dar nome aos bois. Sua denúncia é reforçada por um anúncio de classificados na edição de 18 de abril deste ano no jornal Diário de Cuiabá, que de modo cifrado antecipou o resultado da concorrência. Essa concorrência aconteceu sob Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que abre brecha para trambique, porque dispensa uma série de exigências que são feitas às concorrências tradicionais. Rowles disse que os concorrentes do consórcio vencedor participaram da disputa fazendo jogo de cartas marcadas, para serem vencidos.A denúncia de Rowles tem contorno de mea culpa, porque ele sustenta que faz a intermediação para o pagamento da propina, mas o governador Silval Barbosa (PMDB) e seu vice trataram de exonerar o denunciante, num ato publicado na terça-feira, 21, no Diário Oficial. Mais: Silval e Daltro negam com todas as letras, inclusive o V, o L, e o T, qualquer tipo de maracutaia que se possa imaginar. Tanto negam, que o governador mandou o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, apurar o caso, repetindo o que fez seu antecessor Blairo Maggi (PR), quando do rombo descoberto no final de 2009, de R$ 44 milhões na compra superfaturada de 705 equipamentos rodoviários para o programa MT 100% Equipado, investigação essa que até agora aponta com visível compaixão para o ex-secretário de Infraestrutura, Vilceu Marchetti e que poupa seus pares naquela transação. Curado designou o delegado Gianmarco Paccola Capoani para o caso.

A opção para se fazer o VLT pelo RDC é considerada estranha, porque essa obra não será concluída antes da Copa do Pantanal em 2014 e até mesmo porque esse sistema de transporte exclui de suas rotas a Arena Pantanal, onde acontecerão os jogos, e sequer passa em suas imediações.

A investigação do caso não será restrita à Secretaria de Segurança Pública, pois o Ministério Público Federal também entrou em cena na tentativa de pássaro caso a limpo com um inquérito civil púbico e o Ministério das Cidades – que banca os custos da obra – acendeu todas as luzes amarelas possíveis para saber o que Rowles e seus companheiros aprontaram em Cuiabá.

 

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JUARA MATO GROSSO



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