A deputada estadual Janaína Riva (PMDB) defendeu a iniciativa de seu pai, ex-deputado estadual José Riva (sem partido), de contribuir com a Justiça e revelar detalhes das acusações em processos criminais dos quais é alvo por iniciativa do Ministério Público Estadual (MPE).

Em audiência de instrução e julgamento no dia 15 relacionada à operação Ventríloquo, que apura desvio de R$ 9,5 milhões dos cofres do Legislativo, Riva chorou e disse não iria levar toda a culpa sozinho.

Ele citou outros possíveis envolvidos: a ex-deputada Luciane Bezerra e os deputados Guilherme Maluf (PSDB), Mauro Savi (PSB), Gilmar Fabris (PSD) e Romoaldo Júnior (PMDB), que teriam recebido vantagens por meio de assessores.

Para a deputada Janaína Riva, seu pai está tirando um peso dos ombros diante de tanta responsabilidade acumulada isoladamente nos últimos anos. “Essa decisão pegou todos nós lá de casa de surpresa, mas acho que foi a melhor coisa, pois começa a vencer uma barreira que ele tem com ele mesmo de que não poderia falar. Isso com certeza tira um peso de seus ombros”, afirmou.

O advogado Rodrigo Mudrovitsch já revelou que a confissão visa conseguir os benefícios de redução da pena e a postura será adotada em outros processos criminais que estão em andamento.

Além dos processos criminais, pesam contra Riva ações civis referentes a improbidade administrativa nas quais também figura como réu, o que eleva para uma quantidade superior a 100 processos aos quais responde no Judiciário.