Contador confessa fazer notas frias a Riva para encobrir verbas de suprimentos
Com isso, evidencia a tese do MPE sobre o objeto de investigação das Operações Metástase e Célula Mãe, que José Riva está preso
O empresário e contador Hilton Carlos da Costa revelou na tarde de ontem (24), em depoimento a juíza da 7ª Vara Criminal Selma Rosane Arruda, que forneceu mais de 600 notas fiscais “frias” vinda de 4 empresas sob o pretexto de prestação de serviços para a Assembleia Legislativa, entre os anos de 2011 e 2014. Com isso, evidencia-se a tese do Ministério Público Estadual sobre o objeto de investigação das Operações Metástase e Célula Mãe, cujo ex-presidente da Casa de Leis, ex-deputado José Riva está preso.
O contador disse à juíza que recebia 3% do valor total das notas para que ele as elaborasse. Hilton explicou, o valor realmente era de 10%, mas ele tinha que dividir com outro funcionário, além do desconto dos impostos, fato que deixaria ele somente os 3%.
Outro a prestar depoimento foi o deputado Mauro Savi (PR). Ele afirmou à juíza que Riva criou um assistencialismo dentro do Parlamento Estadual com a verba de suprimento, objeto principal do desfalque de R$ 1,7 milhões, conforme aponta a Justiça. De acordo com ele, a retirada desta verba era “esquentado” pelas notas fiscais emitidas pelo contador a mando de Riva. Savi disse que não havia possibilidade de fazer caixa desta verba porque ela era nominal.
Além disso, Savi confirmou que o dinheiro da verba de suprimentos era utilizado por Riva até mesmo para fazer campanha no estado inteiro. Se isso era certo eu não sei, mas usava a verba sim e arrumava-se nota para isso”, declarou.
Durante o depoimento de Savi os promotores do MPE chegaram a dizer o dinheiro investiga nas Operações era utilizado inclusive para ajuda de fotógrafos, micaretas, festas, além de pagamento de “mensalinhos” para lideranças políticas do interior do Estado. Por esse motivo Riva está preso no Centro de Custódia de Cuiabá desde outubro de 2015.
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