NOTÍCIA | O retorno

"Comemos arroz branco em copo descartável e tivemos medo de morrer o tempo todo", conta piloto

Evandro Rodrigues e Rodrigo Frais ficaram 40 dias em poder de traficantes, na Bolívia

Por: MAX AGUIAR - Midianews
Publicado em 30 de Outubro de 2014 , 04h15 - Atualizado 30 de Outubro de 2014 as 04h15


Abalados fisicamente - com cerca de 10 kg a menos - e, ao mesmo tempo, felizes por estarem de volta sem ferimentos, os pilotos Evandro Rodrigues e Rodrigo Frais Agneli, que ficaram 40 dias em cárcere privado, na Bolívia, foram recebidos com festa no hangar da empresa Aliança Táxi Aéreo, no Aeroporto Internacional Marechal Rondon, na tarde desta quinta-feira (30).

 

Um dos momentos mais difíceis, passados durante o cárcere, foi a falta de alimentação.

 

Segundo Evandro, em uma das casas onde eles ficaram, havia uma cozinheira, mas a maior parte do tempo, comiam apenas “arroz num copo descartável”.

 

“Em uma casa, tinha uma cozinheira e a comida era normal. Mas, teve dia em que comemos somente arroz branco, num copo descartável. Passamos fome alguns dias, mas não fomos maltratados verbal e nem fisicamente”, disse Evandro Rodrigues.

 

Abraçados e sorrindo. Assim os parceiros de voo desceram do avião fretado pelo deputado José Riva (PSD) para resgatá-los em Guajará-Mirim (distante 333 km de Porto Velho, capital de Rondônia), no aeroporto, na Cidade Industrial.

 

Eles foram recebidos pelos parentes e amigos, que levaram faixas de boas vindas.

 

Evandro e Rodrigo choraram ao rever os filhos e as esposas.

 

Em coletiva de imprensa, eles falaram pouco sobre o tratamento e, principalmente, da convivência, no dia a dia, com os traficantes que os sequestraram e roubaram o King Air, pertencente à família do deputado estadual José Riva (PSD).

 

“Ficamos a mercê deles, sem celulares e sem comunicação com ninguém”, disse Evandro, que era o comandante da aeronave, durante a campanha de Janete Riva (PSD) ao Governo de Mato Grosso, há 40 dias.

 

Outros reféns

 

Quando os sequestradores negociavam a venda da aeronave, segundo os pilotos, houve um desentendimento entre eles.

 

Por conta disso, o provável comprador do King Air mandou dois mecânicos de avião até a fazenda onde eles estavam e, ao chegarem no local, acabaram se tornando reféns também.

 

“No momento do desentendimento com o comprador, eles também pegaram os pilotos como reféns. O comprador se irritou com isso e, prevendo um confronto, nós pedimos para sair de lá. Nós saímos, mas os mecânicos ainda ficaram lá”, comentou Evandro.

 

Sobre nome dos sequestradores e a mando de quem eles estavam naquela situação, os pilotos preferiram não comentar.

 

O caso do sequestro continua sendo investigado pela Polícia Civil de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste de Cuiabá) e pela Polícia Federal, que investiga o destino do avião.

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