NOTÍCIA | Citação

Carlos Bezerra é citado em documento do SNI por ter recebido dinheiro da Odebrecht em campanha para governador

Por: Ronaldo Pacheco - 24 Horas News
Publicado em 04 de Abril de 2016 , 07h54 - Atualizado 04 de Abril de 2016 as 07h54


O maior volume da campanha do então candidato ao governo de Mato Grosso, deputado federal Carlos Gomes Bezerra (PMDB), teria sido financiado pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Mendes Júnior, gigantes do ramo desde então. É o que revelam documentos do Serviço Nacional de Informação (SNI), atual Agência Brasileira de Inteligência (Abin), disponibilizados ao público pelo Arquivo Nacional, em Brasília.
 
Carlos Bezerra é o atual presidente do PMDB em Mato Grosso – pelo 12º mandato – e foi governador no final da década de 1980. Ele chefiou o Poder Executivo do Estado de 1987 a 1990. Também foi duas vezes prefeito de Rondonópolis, duas vezes deputado estadual, senador da República (1995-2003) e encontra-se no sexto mandato de deputado federal.

A Revista Época (Editora Globo), uma das maiores do país, traz em sua reportagem da semana detalhes sobre como os arapongas do  extinto SNI investigavam os candidatos, principalmente do PMDB, PDT e PT, que compunham a oposição. As doações teriam sido feitas ao PMDB em 1986 e, depois, na disputa pela Prefeitura de Cuiabá, em 1988. Em ambas, registraram-se vitórias esmagadoras de peemedebistas.
 
“Os arapongas do antigo SNI identificaram ainda a formação de “caixinha” das empreiteiras (Odebrecht, principalmente, e Andrade Gutierrez e Mendes Júnior) nas eleições do hoje deputado federal Carlos Bezerra, do PMDB, ao governo de Mato Grosso e na disputa pela prefeitura de Cuiabá em 1988”, diz trecho da reportagem da Revista Época.
 
“O relatório confidencial com 53 páginas diz que integrantes da campanha afirmavam que “dinheiro tem bastante para gastar” e que “poderiam até perder a eleição, mas não seria de graça”. Conforme os documentos, era comum em períodos eleitorais que equipes das agências regionais do SNI fossem deslocadas para a espionagem de políticos e o monitoramento das eleições”, pontuou a mesma reportagem.
 
A Revista Época esclarece que os relatórios do SNI, “algumas vezes chamados de “conjuntura política”, detalhavam as atividades de candidatos e de partidos”. E a agência apontava o forte empenho da Odebrecht na campanha do PMDB local.  
 
Os documentos são considerados inéditos e, segundo a revista, revela como funcionavam a “caixinha” das empreiteiras, nas eleições  do passado.
 
Outro lado

Carlos Bezerra não atendeu nem retornou às ligações da reportagem do Olhar Direto, neste domingo.

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