NOTÍCIA | MEDIDAS AMARGAS

Bolsonaro defende medidas amargas para estados e união

Governador eleito de Mato Grosso participa da reunião em Brasília e acredita numa agenda para o país voltar a crescer

Por: KAMILA ARRUDA Da Reportagem
Publicado em 20 de Novembro de 2018 , 09h37 - Atualizado 20 de Novembro de 2018 as 09h46


Reprodução - Diário de Cuiabá

Em reunião com governadores eleitos, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu a aprovação de medidas "amargas" pelo Congresso. Para ele, as reformas que passam pela Câmara e pelo Senado são as mais importantes.

Bolsonaro participou de encontro com 20 governadores e os futuros ministros da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno.

"Os senhores têm a perfeita noção do que tem que ser feito. Algumas medidas são um pouco amargas, mas não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos no que a Grécia passou, por exemplo", disse.

Entre as reformas defendidas pela equipe de Bolsonaro, está a da Previdência. O grupo chegou a tentar articular aprovação de alguma mudança nas regras da aposentadoria já neste ano, mas depois passou a afirmar que deve ficar para o ano que vem.

No encontro, o presidente eleito recebeu uma carta elaborada pelos governadores com demandas dos estados ao governo federal.

Depois que os representantes dos governos regionais fizeram discursos em busca de repasses de recursos federais em diversas áreas, Bolsonaro afirmou que sua equipe vai estudar as demandas.

"Faremos todo o possível para atendê-los, independente da coloração político partidária", afirmou.

No discurso, Bolsonaro voltou a dizer que "é preciso preservar o meio ambiente, mas não da forma que está aí". Ele afirmou que a liberação de licenças ambientais será acelerada, mas não será feita a toque de caixa.

"Se o nosso agronegócio, que é pujante, conseguir se livrar de alguns desses problemas, essa área ajudará a nossa economia", afirmou.

MATO GROSSO - “A reunião dos governadores foi extremamente importante para começar o alinhamento de uma agenda de prioridades para o Executivo e para os estados. Preliminarmente, essa agenda caminha para a construção de mecanismos que possam permitir o enxugamento da máquina pública, o ajuste fiscal e o equilíbrio fiscal dos estados brasileiros”, disse o governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), após o encontro.

Outro tema abordado durante a reunião foi a reforma do Pacto Federativo, como forma de beneficiar os estados e municípios brasileiros de forma mais direta. Um novo encontro está agendado para o dia 12 de dezembro, onde os gestores darão continuidade as conversas.

“Esta agenda será construída nas próximas semanas, e no dia 12 de dezembro, voltaremos a ter outra reunião, mas preliminarmente esta agenda caminha para a construção de mecanismos que possam permitir o enxugamento da maquina publico, mecanismos que possam permitir o ajuste e equilíbrio fiscal dos estados brasileiros, mecanismos também para o desenvolvimento da nossa economia, para celeridade do licenciamento, enfim, mecanismos que façam com que o dinheiro arrecadado também na União possam chegar mais rápido ate os municípios, ate os estados, através de uma repactuação do sistema tributário, chamado pacto federativo”, pontuou.

Mendes afirma que o presidente eleito foi enfático ao “dizer da sua disposição em fazer os enfrentamentos necessários para honrar os compromissos com o Brasil”.

“O ministro Paulo Guedes falou claramente que a economia vai ter que ser uma economia liberal, uma economia de mercado. Precisamos de menos de menos Brasília e mais Brasil, ou seja, o governo vai trabalhar para diminuir o tamanho da maquina federal para que o dinheiro que vem a Brasília, dentro de um novo sistema tributário, possa chegar diretamente onde as demandas estão concentradas que é os municípios brasileiros”, completou.

PREVIDÊNCIA - Considerados peças-chave para garantir apoio do Congresso à reforma da Previdência, governadores eleitos fizeram ressalvas sobre as possíveis mudanças nas regras da aposentadoria e indicaram que podem não dar suporte integral à proposta.

Um dos temas em discussão foi a reforma da Previdência, pauta prioritária da equipe econômica de Bolsonaro.

Após a reunião, o governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse que o grupo vai apoiar a reforma. Em seguida, o governador eleito do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), fez uma série de ponderações sobre esse apoio.

De acordo com o emedebista, parte dos governadores defende "algumas alterações" no que vem sendo negociado nessa área. Entre os pontos, está a diferenciação de tratamento entre trabalhadores rurais e urbanos e entre homens e mulheres.

"Que alguns direitos, principalmente os sociais, sejam garantidos nessa reforma para que não penalize os que mais sofrem, que não penalize as pessoas mais carentes", afirmou.

O apoio dos governadores é considerado importante porque eles têm poder de negociação com deputados e senadores de seus estados.

Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), uma reforma da Previdência ampla exige apoio de ao menos três quintos dos deputados e senadores em dois turnos de votação em cada Casa.

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JUARA MATO GROSSO



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