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"As mulheres mato-grossenses escreveram belas páginas na história deste Estado", disse a presidente do TRE-MT

Por: Assessoria de imprensa do TRE-MT
Publicado em 08 de Março de 2017 , 11h56 - Atualizado 08 de Março de 2017 as 11h56


Durante a sessão plenária desta terça-feira (07/03), a presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso, desembargadora Maria Helena Póvoas, homenageou as mulheres que marcaram com louvor a história de Mato Grosso, muitas delas sem o devido reconhecimento. "Nosso Estado se orgulha de ter registros vigorosos da presença feminina no cenário das artes, no cenário político, na vida cotidiana, no cenário das letras, enfim, as mulheres mato-grossenses escreveram belas páginas na história deste Estado", disse a desembargadora.

Ela lembrou que as mulheres participaram ativamente da retomada de Corumbá quando da invasão paraguaia, lideradas por Ludovina Alves Portocarrero, esposa do tenente-coronel Hermenegildo Portocarrero. "As mulheres estiveram lado a lado com os homens naquele episódio e elas foram realmente determinantes para essa vitória. Elas fabricavam cartuchos para os soldados", observou a desembargadora, se referindo à noite em que as mulheres dos militares brasileiros fabricaram 6 mil cartuchos, que foram usados no dia seguinte para derrotar o poderio militar paraguaio, em dezembro de 1864.

A desembargadora Maria Helena Póvoas também prestou homenagens às fundadoras do Grêmio Literário Júlia Lopes, fundado em novembro de 1916, em Cuiabá. Voltada para o incremento da produção literária, o Grêmio Literário promovia palestras culturais na capital de Mato Grosso. Publicou a revista A Violeta, que cumpriu papel importante na história cuiabana. Teve como primeira presidente Leonor Borralho; vice-presidente Maria Luíza Pimenta; primeira secretária Maria Ponce de Arruda; segunda secretária Maria da Glória Figueiredo e tesoureira Maria Dimpina de Arruda Lobo. As redatoras do periódico foram Thereza de Arruda Lobo, Regina da Silva Prado, Mariana Póvoas e Bartira de Mendonça.

"Tivemos também em Cuiabá a nossa Chiquinha Gonzaga, que foi dona Bartira de Mendonça, irmã de Rubens de Mendonça. A casa dela, e eu tenho orgulho de dizer que a frequentei, era povoada de crianças, embora ela não tenha tido filhos. As crianças iam buscar suas aulas de piano, violão, pintura, e ela era realmente uma compositora, uma artista plástica, uma mulher super versátil, mas que foi esquecida inclusive pela família porque na década de 30 teve a ousadia de separar-se do marido e unir-se a outro homem. Bartira de Mendonça foi a nossa Chiquinha Gonzaga".

No cenário político, a desembargadora Maria Helena Póvoas citou Sarita Baracat, de Várzea Grande. Ex-professora, Sarita Baracat foi a primeira vereadora e primeira prefeita do município, foi também a primeira deputada estadual de Mato Grosso e presidente do PMDB local. "Ela esteve ali, lado a lado com forças masculinas muito vigorosas naquele município", disse a desembargadora Maria Helena, ao citar também as ex-vereadoras por Cuiabá Maria Nazaré Hans e Estevina Habalém (1951), as primeiras parlamentares da Capital de Mato Grosso.

"Eu fico muito satisfeita ao ouvir a história desse cenário político e gostaria de fazer apenas uma pequena observação. Algumas mulheres não compreendem, ainda, o momento que a gente vive, que é um momento de realmente compartilhar a vida, de ter a ousadia de buscar o seu próprio caminho. Quando eu ligo a televisão e vejo homens anunciando 'votem na musa do futebol', e os senhores conhecem aqueles cenários em que são apresentadas as mulheres objeto, isso me entristece muito. Porque elas se deixam levar por este ranço de machismo ainda existente no tecido social, que precisa ser banido de uma vez por todas, começando por politizar a mulher para que ela se veja como ente capaz, com plena capacidade, apta a entrar em qualquer disputa e ombrear os homens nos melhores postos de trabalho. Eu digo que, desde há muito, nós já trocamos o forno e o fogão pelo bisturi de alta precisão. Isso significa dizer que já trocamos os afazeres domésticos e a procriação como nossas únicas atribuições, para ombrear os homens em outras atividades de extrema relevância para a sociedade, e um exemplo disso é este colegiado. Deixo aqui minha homenagem às valorosas batalhadoras do dia a dia, que compreendem a necessidade de estar em todas as frentes da sociedade, frentes estas que nós abrimos na garra, com picadas de foice".

Juiz-membro Ulisses Rabaneda também presta homenagem às mulheres

Na mesma sessão plenária, o juiz-membro Ulisses Rabaneda prestou homenagens às mulheres, lembrando os 85 anos do voto feminino. "Quero registrar a importância da participação feminina na política, nos tribunais, nas decisões importantes da sociedade. Cada vez mais se nota que a força, a serenidade, o empenho da mulher faz com que tenhamos uma vida mais fácil", disse o juiz-membro.

Ele citou as mulheres que passaram pelo Pleno do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso: Adversi Rates, Ana Cristina Silva Mendes, Clarice Claudino da Silva, Deise Aparecida Tessaro, Juanita Clait Duarte, Maria Abadia, Maria Aparecida Ribeiro, Maria Divida Vitória, Marilsen Andrade, Orlanda Ferreira, Rosângela Maria Pedroso, Shelma Lombardi de Kato, Vandimara Galvão, Vanessa Pereira, Iolanda Oliveira Ribeiro, Maria Helena Póvoas, Patrícia Ceni, Nilza Possas de Carvalho, as três últimas integrando a composição atual do TRE-MT. "Essas foram as mulheres que engrandeceram as fileiras deste Egrégio Tribunal Regional Eleitoral", disse Ulisses Rabaneda, que finalizou sua homenagem com a leitura do poema "Alma de Mulher".

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JUARA MATO GROSSO



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