NOTÍCIA | AGUA IMPRÓPRIA

Após despejo de esgoto, laudo diz que água é imprópria

Dois meses após o maior crime ambiental ocorrido em Rondonópolis (MT), com o despejo de 60 milhões

Por: MIDIA NEWS
Publicado em 06 de Julho de 2012 , 10h33 - Atualizado 06 de Julho de 2012 as 10h33


Dois meses após o maior crime ambiental ocorrido em Rondonópolis (MT), com o despejo de 60 milhões de esgoto in natura no rio Vermelho, um dos afluentes do Pantanal, a Sema-MT (Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso) finalizou o laudo dos danos ambientais causados.

 

O laudo recomenda que a água do rio Vermelho não seja usada para o consumo humano ou de animais sem tratamento e para irrigação de hortaliças enquanto os níveis de coliformes estiverem elevados.

 

 Novos laudos devem ser emitidos a cada três meses para avaliações.

 

Segundo a secretaria, o lançamento clandestino de efluentes na água do rio ocasionou alterações significativas na qualidade da água devido à incorporação de matéria orgânica e incremento nas quantidades já elevadas de bactérias do gênero coliforme no rio.

 

O lançamento de esgoto no rio, ocorrido em maio, causou mortandade de peixes e formou uma mancha escura e fétida na superfície da água.

 

 O esgoto foi lançado na água pela empresa responsável pelo saneamento local.

 

Após a conclusão do laudo, a Sema-MT manteve a multa de R$ 10 milhões aplicada contra o Sanear (Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis) e notificou a autarquia pública a apresentar um Plano de Recuperação Ambiental da área afetada pelos efluentes não tratados no rio Vermelho.

 

De acordo com o diretor geral do Sanear, Jean Lino, que assumiu o cargo após exoneração da antiga diretoria, suspeita de provocar o crime ambiental, a autarquia irá recorrer da multa e já está iniciando a contratação de uma empresa especializada em recuperação de danos ambientais.

 

Investigação

Além do laudo da Sema, o inquérito policial já foi concluído.

 

 Segundo a delegada Divina Martins da Silva, os suspeitos Júlio Goulart, ex-diretor técnico do Sanear, e Terezinha Souza Silva, ex-diretora geral, foram ouvidos.

 

O diretor técnico disse em seu depoimento que o crime, na verdade, teria sido um acidente, já que a manilha estava sem manutenção e teria sido aberta para que somente uma pequena quantidade de esgoto fosse lançada ao rio.

 

 Após a abertura a alegação é que foi impossível fechar, diz a delegada.

 

Segundo ela, a própria Sanear era responsável pela manutenção do equipamento.

 

A Folha não conseguiu falar com a defesa dos suspeitos.

 

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