NOTÍCIA | REFÉM

Agente é feito refém em centro socioeducativo interditado em Cuiabá

Agente é feito refém em centro socioeducativo interditado em Cuiabá

Por: G1 MT
Publicado em 14 de Março de 2013 , 07h08 - Atualizado 14 de Março de 2013 as 07h08


Um agente prisional de 48 anos foi mantido refém por quase três horas no Centro Socioeducativo do Pomeri, na noite desta quarta-feira (13), em Cuiabá.


De posse de armas artesanais, três adolescentes da Ala 3 renderam o agente no momento em que o profissional trancava as celas da unidade.


O agente só foi liberado quando os menores receberam a garantia da Justiça de que seriam transferidos do Pomeri para unidades de Barra do Garças e Rondonópolis.


Abalado emocionalmente com a situação, o agente recebeu atendimento médico por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no local e, em seguida, foi levado para casa.


De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que administra o sistema prisional em Mato Grosso, ninguém se feriu durante o tumulto.


Para a juíza da Vara da Infância e Juventude de Cuiabá, Gleide Bispo dos Santos, o local é insalubre e não tem condições de receber os adolescentes.


´Não é local para receber seres humanos e muito menos animais.


 A secretaria de Justiça e Direitos Humanos sabe disso.


Os adolescentes convivem com ratos e baratas. Os agentes dormem no chão porque não tem lugar para descanso, revelou a magistrada.


A juíza ressaltou ainda que o Pomeri está interditado judicialmente há mais de um ano e, mesmo assim, continua a  receber adolescentes advindos de várias regiões do estado.



´O complexo está interditado porque atingiu o seu limite. O governo do estado precisa olhar para o sistema socioeducativo porque no nosso país a criança e o adolescente são prioridade. Mas não é o que está acontecendo no estado´, explicou.


A juíza também criticou a morosidade da construção do novo Centro Socioeducativo em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá. Segundo ela, o espaço já consumiu R$ 7 milhões e ainda não foi entregue à sociedade.


´Não há nem expectativa que o complexo fique pronto. Tenho conhecimento de unidades do mesmo padrão que custaram a metade disso. Falta planejamento, organização e respeito´, afirmou.


O secretário adjunto de Direitos Humanos, Valdenir Pascoal, informou que a construção do novo Centro Socioeducativo em Várzea Grande, que terá capacidade para abrigar 60 jovens, será retomada.


Ele não quis rebater as críticas da juíza da Vara da Infância a respeito do Pomeri, mas enfatizou que vai implementar medidas para aliviar os problemas emergenciais do complexo do Pomeri.


Para o presidente em exercício do Sindicato dos Agentes do Sistema Socioeducativo de Cuiabá, Paulo César de Souza, a falta de efetivo é um dos grande gargalos que travam o cumprimento do objetivo do Pomeri que é a ressocialização.


´Se os adolescentes quiserem eles conseguem arrancar até as grades. Não tem agentes suficientes para a quantidade de jovens. Nós somos heróis para lidarmos com adolescentes como esses´, afirmou o representante.

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JUARA MATO GROSSO



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