A Prefeitura de Cuiabá solicitou e obteve, junto a Central de Conciliação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a antecipação de uma reunião com o Sindicato dos Médicos do Estado (Sindimed).

A reunião está marcada para está sexta-feira (6), às 10 horas, e faz parte dos esforços da Prefeitura de esgotar todas as possibilidades de negociação com a categoria, e evitar a greve, marcada para iniciar na próxima segunda-feira (9).

A Secretaria de Governo e Comunicação de Cuiabá emitiu nota em que admite usar dos meios judiciais para tentar barrar a suspensão do atendimento médico, principalmente para que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) não sofram as consequências de uma paralisação.

Na nota, a Prefeitura observau que, mesmo sem notificação, ou qualquer tentativa de contato feita pelo Sindimed, pediu a abertura de negociação com o sindicato, na Central de Conciliação e Mediação, em meados de janeiro deste ano.

No entanto, apesar da disposição de diálogo por parte do município, a categoria teria optado ainda assim por manter o calendário de paralisação das atividades ao longo de janeiro.

A decisão pela greve geral foi tomada durante assembleia-geral dos médicos da rede municipal de Saúde, na última terça (3), sob a justificativa de falta de reajuste salarial e ausência de segurança nas unidades de Saúde.

Dispersão

O secretário de Saúde de Cuiabá, Ary Souza, afirma que a Prefeitura de Cuiabá sempre manteve o diálogo aberto com o Sindicato, inclusive atendendo as reivindicações apresentadas, e que, portanto, não entende os motivos reais para a realização da greve.

“O sindicato anunciou, inicialmente, quatro paralisações e que, depois, iria deliberar pela greve geral. Estão com essa postura de paralisação, independentemente de negociação. As motivações dessa greve, eu, particularmente, desconheço. É lamentável!”, disse o secretário.

No total, são 11 pontos reivindicados pela categoria, sendo que, destes, apenas três ainda não teriam sido atendidos pela Secretaria de Saúde de Cuiabá, mas que estão sendo negociados, segundo Souza.

Uma delas, a segurança nas unidades de saúde, conforme Souza, já estaria sendo aos poucos executada, com apoio da Secretaria Municipal de Apoio à Segurança.

“Teve recentemente um caso de agressão em uma unidade e eu, imediatamente, viablizei medidas para colocar policiamento armado em duas unidades, que são as mais expostas a esse tipo de ação. Eu sou o primeiro a querer que minha equipe trabalhe com segurança”, disse o secretário.