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Política, mercado e Dunga: veja 7 erros do Inter em 2013

Política, mercado e Dunga: veja 7 erros do Inter em 2013

Por: Cristiano Leonardo S. da Silva Jornalismo - Especi
Publicado em 21 de Novembro de 2013 , 09h38 - Atualizado 21 de Novembro de 2013 as 09h38


Com as duas ultimas derrotas, para Atlético-MG e Goiás, o Inter atingiu a marca de pior campanha do clube na era dos pontos corridos. Hoje, o time colorado está na 11ª colocação, com 45 pontos, a quatro da zona do rebaixamento. É bem verdade que 2013 é um ano atípico: jogou a temporada longe do Beira-Rio, que está sendo reformado para receber a Copa do Mundo 2014.

 

Para compensar a ausência da casa, a direção investiu pesado em contratações, como o atacante argentino Scocco, os volantes Willians e Aírton, o lateral direito Gabriel e o meio-campista Alex. Também investiu na formação da comissão técnica, com Dunga e Paulo Paixão, ex-Seleção Brasileira, como definia o diretor de futebol Luiz César Souto de Moura.

 

Tudo isso não foi suficiente para evitar que o Inter chegasse nas rodadas finais da Série A sendo assombrado pelo fantasma do rebaixamento. Foram muitos os erros da direção, o que acabou refletindo no time em campo. A reportagem do Terra enumerou os 7 pecados do presidente Giovanni Luigi durante a temporada para tentar elucidar o motivo pelo péssimo rendimento.

 

Veja os sete pecados do Inter em 2013

 

1 - Trocas políticas

Para poder ser reeleito no conselho deliberativo sem a necessidade do voto dos associados, por correr sérios riscos de não ser escolhido desta forma, o presidente Giovanni Luigi formou uma costura política com o movimento de Luiz César Souto de Moura e Eduardo Hausen em troca do apoio político. Os dois ganharam o direito de administrar o departamento de futebol, junto a Marcelo Medeiros e Roberto Mello, que são do movimento político do presidente Luígi.

 

2 - Liberação de atletas de graça

Na abertura da temporada, o Inter liberou de graça o volante Guiñazu, um dos ídolos da torcida, para o Libertad, do Paraguai. O jogador alegou motivos particulares para deixar Porto Alegre, e por gratidão o Inter acabou liberando. Porém, meses depois ele retornou ao Brasil para atuar no Vasco da Gama. Situação semelhante aconteceu com o argentino Dátolo: melhor jogador do Gaúcho de 2012, o meio-campista abriu a temporada como titular, mas acabou sofrendo com as frequentes lesões. Acabou sendo liberado de graça para o Atlético-MG.

 

3 - Falta de critério no mercado

Falta de critério em algumas contratações, como o lateral direito Helder e o meio-campista Vitor Júnior. Helder já havia atuado pelo Inter, no time Sub-23, e foi mandando embora por deficiência técnica. Vitor Junior foi formado nas categorias de base colorada e, por ter baixa estatura, acabou mandado embora, retornando anos depois para ser reserva imediato de D’Alessandro. Como aconteceu na primeira vez, os dois foram liberados por deficiência técnica.

 

4 - Poderes demais a Dunga

Plenos poderes para a comissão técnica, formada por Dunga e Paulo Paixão. O treinador passou a maior parte do tempo em que esteve no comando brigado com o executivo de futebol Newton Drummond. Enquanto tinha o grupo na mão e os resultados aparecendo, como a conquista do Campeonato Gaúcho, a direção de futebol suportava as interferências de Dunga, mas o treinador acabou perdendo o comando e os resultados positivos também, o que resultou na demissão de toda a comissão.

 

5 - Problemas nos jogos em Novo Hamburgo

Sem poder atuar no Estádio Beira-Rio, a direção acertou o aluguel do Centenário, em Caxias do Sul. Mas os jogadores, com o apoio do técnico Dunga, exigiram que a direção locasse um estádio próximo a Porto Alegre. A solução foi atuar na cidade de Novo Hamburgo, porém os resultados positivos conquistados na Serra Gaúcha não aconteceram na grande Porto Alegre. Foram 10 jogos no Estádio do Vale, com cinco empates, três derrotas e apenas duas vitórias.

 

6 - Falta de reposição no elenco

Durante a temporada, o Inter negociou dois jogadores: o zagueiro Rodrigo Moledo e o meio-campista Fred. Os dois eram titulares absolutos e não tiveram reposição a altura. "Não precisamos repor a saída do Moledo, temos seis zagueiros no grupo", dizia o diretor de futebol Luiz César Souto de Moura. Em relação a Fred, a reposição foi Alan Patrick, que foi envolvido no negocio junto ao Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, e nunca conseguiu se firmar no time colorado.

 

7 - Gastos excessivos e pouco retorno

Hoje o Inter gasta aproximadamente R$ 10 milhões por mês com a folha de pagamento do elenco. Um valor considerado muito alto para um grupo onde muitos jogadores já esgotaram o ciclo com a camisa do Inter e que hoje briga para acabar o Brasileiro com dignidade, como diz o diretor Luiz César Souto de Moura.

 

A direção colorada admite que errou durante o ano e já trabalha para corrigir na temporada 2014. "Erramos e estamos avaliando o que foi feito este ano para corrigir visando a próxima temporada. O nosso objetivo para o ano que vem é ter no mínimo 40% do grupo com atletas formados nas categorias de base do clube", disse Luiz Cesar Souto de Moura.

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JUARA MATO GROSSO



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