Luiz Felipe Scolari não se arrepende de suas palavras de favoritismo na preparação para a Copa do Mundo e nem da escalação na humilhante derrota para a Alemanha. Mas admitiu que o dia 8 de julho de 2014, a data dos 7 a 1, foi o "pior da sua vida".

"Se eu pensar na minha vida como um todo, como jogador, professor de educação física e treinador, acho que foi o pior dia da minha vida, mas continua a vida. Vou ser lembrado pela pior derrota da seleção, mas é um risco que eu sabia que correria. Tenho que assimilar e seguir a minha vida, que é o que vou fazer", falou o treinador na sala de entrevistas coletivas do Mineirão.

Dia triste, mas que o treinador não considera que tenha errado, começando pela frase que o Brasil tinha a obrigação de ganhar a Copa jogando em casa.

"Eles [os jogadores] sabiam desde o início. Nossa obrigação principal era jogar em casa e ganhar. Não era pressão nenhuma em cima deles. Não tem arrependimento. Deu errado hoje", falou o treinador, que não viu erro na sua escalação, com Bernard nulo no ataque enquanto seu meio-campo nada fazia.

"Não tenho porque me arrepender pela escolha que fiz. É uma escolha que fiz e tenho que arcar com as consequências", falou o treinador, que também justificou o fato de não fazer nenhuma alteração no primeiro tempo, quando seu time era massacrado. "Não adiantaria nada, com o time em pane, mudar um, dois jogadores".

Felipão "culpou" a imprensa por praticamente não ter testado Bernard entre os titulares no treino na Granja Comary. "Porque vocês [imprensa] estavam lá, e passam as informações para seus veículos, e os adversários escutam. A gente queria confundir", disse o treinador, que evitou falar de seu futuro após a Copa.

"Tenho ainda um jogo pela disputa do terceiro lugar. Não é assunto para conversar agora. Temos que trabalhar para sábado", completou.