Há uma semana, o Internacional se preparava para a "final" no Campeonato Brasileiro. Sonhava com uma vitória sobre o Cruzeiro para brigar de vez pelo título. Sete dias depois, tem duas derrotas na bagagem, uma delas por 5 a 0, para a Chapecoense. O foco, definitivamente, não é mais a taça. Os colorados passam agora a defender com unhas e dentes a permanência no G-4.

Até porque o resultado complicou inclusive a briga pela Copa Libertadores da América. O Inter perdeu a vice-liderança e é terceiro, com 47 pontos, apenas um a mais que o rival Grêmio. Está ao alcance de Corinthians, que tem 46 também, e Atlético-MG, com 44, embora ambos tenham duas vitórias a menos. E enfrenta o Fluminense no domingo. Os cariocas estão em oitavo, mas vencendo os gaúchos, chegam aos 45 e encostam na briga novamente. Depois do Flu, o Inter pega o Corinthians, ambos no Beira-Rio.

"Não quero nem olhar (para o Cruzeiro). Não jogamos a toalha para nada. Mas não podemos olhar o Cruzeiro. Estamos embolados, temos que ver o G-4 agora. Representam as duas rodadas que deixamos a desejar. Fluminense e Corinthians são partidas importantíssimas. Não apagamos, mas temos que olhar para frente. Se ficarmos dessa maneira, ficamos fora do G-4. Que vai ser mais difícil de explicar do que essa derrota", comentou o meia Alex após o 5 a 0 para a Chapecoense.

O desafio do clube gaúcho é buscar uma recuperação diante do resultado histórico. O Inter não levava uma goleada de 5 a 0 no Brasileiro desde 2003, quando perdeu para o São Caetano.

"Camisa não ganha jogo mais. Quer que eu diga o que? Que teve briga no vestiário, que teve atitude ruim de alguém? Foi um jogo que jogamos mal, o torcedor olha a tabela e não quer o time coagido, não reagindo de maneira negativa para o restante do campeonato. Só não estamos melhor porque formos infelizes e erramos em alguns pontos. Não tem explicação", disse o camisa 12.