NOTÍCIA | CPRRUPÇÃO NO VOLEI

Ary Graça diz que sofreu chantagem, foi traído e dispara: 'Querem tomar o poder'

Ary Graça diz que sofreu chantagem, foi traído e dispara: 'Querem tomar o poder'

Por: DO IG ESPORTES
Publicado em 26 de Março de 2014 , 08h49 - Atualizado 26 de Março de 2014 as 08h49


Depois de ver seu nome envolvido em um dos maiores escândalos da história do vôlei brasileiro, Ary Graça, enfim, resolveu romper o silêncio. O agora ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei soltou o verbo, diz que foi traído pelos amigos que ajudou a enriquecer, revelou ter sido alvo de chantagem e disparou ainda que “pessoas estão se aproveitando do momento para tomar o poder”.

 

 Na entrevista ao Jornal Lance!, Ary negou qualquer tipo de favorecimento às empresas de seus amigos pessoais Marcos Pina e Fábio Azevedo como forma de compensação pela negociação do contrato de patrocínio da CBV com o Banco do Brasil. Na denúncia, feita pela ESPN Brasil, R$ 20 milhões foram pagos pela entidade após a última renovação do contrato com o banco, com valor estimado em R$ 350 milhões. Ary, no entanto, nega ter pago a quantia, e diz que repassou apenas R$ 2 milhões para cada uma das empresas (SG4, de Fábio, e SMP, de Pina).

 

 
- Não foram R$ 20 milhões e não é comissão. Vou explicar: a oferta do Banco do Brasil girava em torno de R$ 20 milhões a 24 milhões por ano para a quadra, e mesmo valor para a praia. Combinei o seguinte com o Fábio, em contrato. Se você aumentar isso de R$ 30 milhões a R$ 50 milhões,sua remuneração por desempenho será de R$ 1 milhão. Se ele arrumasse R$ 49 milhões, era R$ 1 milhão para a empresa dele. Se foi R$ 31 milhões, ganharia o mesmo. Mas ele mais o Pina aumentaram em 70% o valor, assinando o maior contrato da história do esporte olímpico – explica

 

 
O caso de Marcos Pina é ainda mais duvidoso. Segundo Ary, seu contrato previa que ele recebesse R$ 2 milhões por ano, pois além da prospecção, ele era também responsável pela gestão e acompanhamento dos patrocinadores. Por isso, em dez anos, Pina receberia R$ 10 milhões da CBV. Ary, porém, diz que o restante do valor previsto em contrato só não foi transferido por conta de uma chantagem sofrida por “um grupinho lá”.

 

 
- Paguei R$ 2 milhões até agora e mais nada. Mas era para ele ganhar bem mais – disse, antes de explicar - O contrato da empresa do Pina previa pagamento de 20% sobre os valores fechados de patrocínio. Fiz este contrato, mas depois mudei. Pagamos R$ 2 milhões e não pagamos mais. Nos chantagearam durante oito meses.

 

 Ary Graça se defendeu das denúncias de favorecimento pela primeira vez - Vipcomm

 

 Para Ary, as acusações não passam de uma tentativa de pessoas que querem assumir o poder da CBV. Ele diz que foi surpreendido com a crise e tudo aconteceu após sua saída – ele se licenciou do cargo de presidente da entidade para dedicar-se às suas atividades como mandatário da Federação Internacional (FIVB).


 

- Me pegou de surpresa. Não imaginava que após a minha saída fosse acontecer isso. Houve uma briga pelo poder. A verdade é essa. Não só interna, mas com inspiração externa. Como diz o velho ditado: “o gato sai, os ratos fazem a festa”, de uma maneira que eu nunca imaginei. Deixei estrutura bem montada, pensei que tudo iria correr tranquilamente. Não foi o que aconteceu. Houve essa briga interna e uma aproveitamento deste pessoal para tomar o poder.

 

 Novas acusações

 
Ary afirmou ainda, categoricamente, que jamais foi sócio de Marcos Pina e Fábio Azevedo: “Está maluco? Em nenhuma circunstância”. Ele disse também que está se sentindo traído.

 

 - (Estou me sentindo) Traído. É a sensação mais desagradável do mundo saber que amigos seus estão lhe traindo. Pessoas que você ajudou a ganhar muito dinheiro, fama, agora estão se voltando contra você.

 

 Nesta terça-feira, a crise na CBV ganhou mais um capítulo. Em nova reportagem, a ESPN denuncia que, logo após ter sido eleito presidente da Federação Internacional, Ary Graça recebeu em sua casa de Angra dos Reis os membros do colégio eleitoral da FIVB (presidentes das Confederações Internacionais) em evento bancado pela CBV. O custo de R$ 574.986,50 foi repassado da entidade brasileira para justamente a empresa de Fábio Azevedo.

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JUARA MATO GROSSO



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