Silval e professores negociam hoje saída para o impasse
Silval e professores negociam hoje saída para o impasse
O governador Silval Barbosa se reúne com representantes do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) na tarde desta segunda-feira (2), no Palácio Paiaguás.
A reunião foi agendada com a intermediação da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa. Os deputados também vão participar da audiência.
De acordo com o presidente do Sintep, Henrique Lopes, a categoria está aberta a negociação, “desde que o Governo apresente proposta concretas”.
Um dos pontos cruciais para o fim da greve, que completou 20 dias, é uma proposta efetiva em cima da recomposição salarial dos trabalhadores daEeducação.
O sindicato propõe reajuste salarial de 10.41%. Com a medida, os professores aumentariam o poder de compra em 7 anos. “Mas dá para negociar os prazos. Essa recomposição poder ser em até 10 anos, por exemplo. Existem vários cenários. É tudo uma questão do governo apresentar propostas”, disse Lopes.
Na reunião, Lopes já adiantou que a categoria vai rejeitar qualquer proposta do Governo em querer montar um novo grupo de estudo para analisar o pedido de aumento salarial.
“Estamos cansados disso. O Governo, em outras ocasiões, já apresentou muitos grupos de estudos e, até agora, nada de melhorias para a Educação. Esses grupos, na verdade, são uma forma de o Governo mostrar à população o quanto ele é democrático. Queremos propostas concretas”, disse o presidente do Sintep.
Na semana passada, durante dois dias, os professores grevistas participaram das sessões ordinárias da Assembleia Legislativa e cobraram mais atuação dos deputados. As cobranças culminaram na reunião dos professores com o governador, nesta segunda-feira.
Também participarão do encontro os secretários estaduais de Educação, Ságuas Moraes; de Fazenda, Marcel de Cursi; e o de Administração, Francisco Faiad.
Propostas rejeitadas
Em assembleia-geral no dia 26 de agosto, os professores decidiram não aceitar a proposta do Governo e convocar pouco mais de mil profissionais concursados e apresentar, apenas em 30 de setembro, uma proposta salarial para a categoria.
Eles avaliaram que maioria das reivindicações foi ignorada pelo Estado.
“Não foram apontados os mecanismos de como dobrar o poder de comprar dos professores em sete anos, o pagamento da hora atividade aos contratados, não se falou em datas para o novo concurso público”, reclamou o presidente do Sintep, Henrique Lopes do Nascimento.
Na sexta-feira (30), os grevistas participaram do atos promovidos pelas centrais sindicais e, para hoje, está marcado um ato, a partir das 14 horas, na Praça Ulysses Guimarães, na Avenida do CPA.
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